Milho - Milho bate recordes no desempenho das exportações em 2007
Data:
02/01/2008
Febre do etanol nos Estados Unidos causou rebuliço no mercado mundial de grãos Sonia Campos | sonia.campos@gruporbs.com.br Em 2007, o produtor acompanhou uma mudança de estrutura no cenário mundial. O uso do milho como matéria prima para a produção de álcool nos Estados Unidos criou um novo panorama para o produto brasileiro. O mercado do milho que tem como parâmetro os EUA, responsáveis por 40% da produção e 70% das exportações, viu o avanço na produção de etanol elevar os preços do grão, que agora acompanham as cotações do petróleo. Como resultado, a produção brasileira conquistou uma maior liquidez na comercialização. De olho em 2008, a indústria nacional deve estar atenta a um novo comportamento, que segundo especialistas vai se igualar ao mercado da soja. Quem ainda tiver aquela idéia de esperar a colheita para os preços baixarem corre o risco de perder o produto para a exportação. O consumo interno e a exportação devem evidenciar uma situação justa entre a oferta e a demanda logo no início do ano. O estoque de passagem é de 6,638 milhões de toneladas, o que corresponde a 16 % do consumo interno. A Conab estima que na segunda quinzena de fevereiro serão colhidas entre 4 e 6 milhões de toneladas. Mas a demanda deve variar entre 7 e 8,2 milhões de toneladas. Por causa de problemas de distribuição deve faltar produto em São Paulo, Minas Gerais e região Nordeste. Nas estimativas da Conab, a produção de milho na safra de verão e safrinha 2007/2008 deve alcançar 52,3 milhões de toneladas para um consumo de 44 milhões. O mercado externo deve conquistar um maior equilíbrio nos preços, mas continuará aquecido.