As cotações das commodities agrícolas que servem de base para a alimentação de boa parte da humanidade confirmaram as expectativas e iniciaram 2008 com grandes variações positivas no mercado internacional. Na quarta feira, primeiro dia de mercados abertos nos EUA no ano, a valorização, principalmente nos casos de soja e milho, foi influenciada pela decisão chinesa de estabelecer taxas de exportação sobre as commodities que produz. Ontem (dia 3), foi a expectativa de escassez de trigo na SAFRA (2007/08) que atraiu especuladores e impulsionou o cereal. Também houve especulação na soja, a partir de previsões de seca em algumas regiões argentinas. O milho subiu a reboque dos vizinhos, igualmente puxado por compras especulativas. Na bolsa de Chicago, os contratos do trigo com vencimento em maio atingiram o limite diário de alta permitido, 30 centavos de dólar, e fecharam a US$ 9,5250 por bushel. Esses papéis, que atualmente ocupam a segunda posição de entrega no mercado, acumularam alta de 6,66% nos dois primeiros pregões de 2008, de acordo com o Valor Data. Nos últimos 12 meses, o ganho chega a 95,69%. No caso da soja, os futuros para março saltaram 18,75 centavos de dólar e alcançaram US$ 12,6750 por bushel. A valorização acumulada neste ano atinge 4,39%; nos últimos 12 meses, está em 85,85%. Mas, ainda que hoje seja o contrato com maior liquidez, março perdeu destaque para os papéis com vencimento em julho, que alcançaram o maior valor já registrado para o grão: US$ 12,93 por bushel na "e cbot", a plataforma de negociações eletrônicas da bolsa de Chicago. As variações do milho foram menores. Maio fechou ontem a US$ 4,7675 por bushel, com valorizações de 2,14% nos últimos dois dias e de 25,46% em 12 meses.