Arroz - Com problemas pontuais, arroz se desenvolve bem no RS
Data:
04/01/2008
Produtores que não possuem barragem própria podem enfrentar dificuldades Ainda que o frio e as chuvas de outubro e novembro tenham atrasado o período de plantio do arroz, o desenvolvimento das lavouras no Rio Grande do Sul está evoluindo bem. É o que garante o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). Apesar de existirem problemas localizados, os contratempos não deverão afetar o alcance da meta de colher aproximadamente 7 milhões de toneladas do grão, a partir do final de fevereiro. Quem tem barragem própria - pouco mais de 50% dos produtores do Estado - está tranqüilo, afirma o presidente do Irga, Maurício Fischer. As chuvas fortes fizeram com que a plantação se iniciasse com mananciais cheios. Quem puxa a água de rios, lagoas e arroios poderá enfrentar alguma dificuldade porque a maioria dessas fontes baixa bastante no verão, explica Fischer. – Apesar do atraso no plantio, ainda não tivemos um problema efetivo de água, somente casos isolados. Quem conseguiu plantar ainda em outubro obteve boa emergência com as chuvas que vieram no início de novembro. Já quem atrasou teve que banhar o arroz para ele nascer. Problemas existem mas, no geral, estamos indo bem – destaca o presidente do Irga. Produtor há mais de 10 anos em Uruguaiana, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul (maior produtora de arroz - previsão de mais de 7 mil toneladas por hectares, em 290 mil plantados), o arrozeiro Volnei Pradebom está enfrentando dificuldades. A situação ideal para o cultivo do arroz, caracterizada pela expressão "água no pé e sol na cabeça", fugiu do controle do produtor por questões técnicas. Embora com barragem própria e cheia, os temporais de novembro afetaram o abastecimento elétrico da localidade de Caiboaté, onde está localizada a lavoura de Pradebom. As bombas não conseguiram irrigar os quadros do fundo da lavoura, que estão comprometidos e representam 15% do total plantado. – O prejuízo chega a R$ 50 mil porque, além do que eu iria tirar de lá para vender, tem a assistência técnica que tive de pagar, a compra de herbicida extra porque a primeira aplicação não funcionou sem quantidade suficiente de água, entre outros gastos – diz o arrozeiro.