Pecuaristas do oeste da Bahia estão enfrentando o ataque de pragas no pasto. A falta de chuva favoreceu o aparecimento da lagarta e da cigarrinha. Na fazenda do criador Delson Quinteiro, que fica em Igicau, na região oeste da Bahia, o pasto dos 1.200 hectares praticamente desapareceu. As chuvas que caíram foram suficientes para fazer o capim brotar, mas a presença da mariposa significa que as lagartas estiveram presentes e acabaram com tudo. “A lagarta comeu praticamente todo o capim que brotou após a chuva. Ela comeu rápido. Com ela cortando o capim vai faltar para o boi”, diz. A fazenda é um bom exemplo das dificuldades enfrentadas pela maioria dos pecuaristas da região oeste da Bahia: onde deveria estar coberto de pasto o capim praticamente deixou de existir com o ataque da lagarta. Andando pelo capinzal o pecuarista teve uma surpresa desagradável: ele descobriu que também vai ter de cuidar de outra praga conhecida como cigarrinha. “Ela não come, mas suga toda a proteína, toda a seiva do capim”, diz Delson. “O que a gente visualizou nos outros anos é que ocorre a lagarta numa fazenda, a cigarrinha noutra. E este ano, infelizmente, ocorreu a lagarta de forma generalizada e agora está começando a aparecer a cigarrinha”, explica o agrônomo Adriano Lupinacci.