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Trigo - Brasil pode taxar farinha de trigo argentina
Data: 15/01/2008
 
O Brasil poderá taxar as importações de farinha de trigo da Argentina, se as crescentes compras do produto no país vizinho atingirem até 15 por cento do consumo interno brasileiro, afirmou o ministro da Agricultura. O objetivo da medida seria proteger a indústria nacional, que afirma estar sendo prejudicada pela entrada de farinha no país a preços mais baixos do que as importações da matéria-prima, devido ao regime tributário argentino.
A Argentina tem um imposto de exportação de trigo de 28 por cento, enquanto a taxa de exportação de farinha é de 10 por cento. "Se chegar a 10 ou 15 por cento (do consumo), vamos ter que possivelmente tributar a entrada dessa farinha", declarou o ministro Reinhold Stephanes em entrevista à Reuters nesta segunda-feira. Segundo ele, atualmente o Brasil importa um volume de farinha de trigo da Argentina equivalente a 6 a 7 por cento de seu consumo.
O Brasil consome aproximadamente 7 milhões de toneladas de farinha de trigo por ano, segundo a Abitrigo, associação que representa a indústria. Em 2007, as importações de farinha argentina, segundo dados da Abitrigo, atingiram cerca de 600 mil toneladas, contra 300 mil toneladas em 2006. "A posição que eu adotei como ministro é atender as demandas dos europeus, corrigindo todas as coisas que estavam erradas nos últimos anos", afirmou Stephanes.
O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina, com exportações somando 4,2 bilhões de dólares em 2007. As exigências da UE foram feitas diante de um forte lobby de produtores de carne europeus, principalmente da Irlanda, afetados pelo forte crescimento das vendas do Brasil nos últimos anos. Especialistas da UE, que estiveram no Brasil em novembro, encontraram o que chamaram de "sérias e repetidas deficiências no sistema de sanidade e rastreabilidade animal".
As exportações de farinha do país vizinho, que tem tentado priorizar as vendas de produtos de maior valor agregado, estão crescendo ao mesmo tempo em que a Argentina adota uma política de restrição às exportações de trigo. Em função da grande procura pelo trigo argentino, o governo suspendeu a emissão de registros de exportação em dezembro, com o objetivo de garantir a oferta interna do cereal.
A indústria brasileira, principal compradora do grão na Argentina, também tem se queixado dessas restrições, uma vez que conseguiu adquirir apenas 3 milhões das 7 milhões de toneladas liberadas para exportação pelo governo argentino.
Se o governo argentino não liberar mais registros, os moinhos do Brasil terão de buscar o trigo provavelmente nos países do hemisfério norte, onde o produto é mais caro. Além disso, as empresas nacionais são obrigadas a pagar TEC (Tarifa Externa Comum do Mercosul) de 10 por cento em compras fora do bloco econômico sul-americano. Stephanes acredita que a Argentina voltará a abrir os registros.
Questionado se Brasil pode mexer, ou reduzir a TEC de trigo, se a Argentina não liberar a exportação nas próximas semanas, o ministro falou: "Com certeza vai (mexer na TEC)". Mas ele acrescentou que "espera (que a exportação) se normalize", sem a necessidade de o governo brasileiro mexer na TEC, o que poderia afetar o tradicional fornecedor de trigo.

Fonte: Reuters
 
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