O bom preço do boi, mesmo em época de safra, está deixando os pecuaristas animados. Veja a situação no oeste de São Paulo. Na fazenda de 1.300 hectares em Caiuá o criador Armando Alves Júnior olha animado para o gado. São duas mil cabeças. Cem estão quase prontas para o abate. É preciso aproveitar o bom preço da arroba para vender os bois. “Otimismo gera investimento, gera contratações, mais investimentos em genética, pasto, coisas que são importantes para que a pecuária esteja cada vez melhor”, afirma. O mês de janeiro começou com o valor da arroba lá em cima; no oeste de São Paulo está sendo vendida, em média, a R$ 75,00. Em anos anteriores a média no mesmo mês variou entre R$ 55,00 e R$ 60,00. O preço alto em plena safra é resultado da falta de bois no mercado. É que os animais que deveriam ser abatidos agora foram confinados e levados aos frigoríficos na entressafra. Além disso, o atraso nas chuvas, que foram irregulares, prejudicou o pasto e não permitiu o desenvolvimento e o ganho de peso do gado. Por causa disso, o abate num frigorífico caiu cerca de 30% no início do mês. “A gente acredita que a oferta vai aumentar um pouco. A gente acha que o preço tende a cair um pouco”, afirma o gerente do frigorífico Edvaldo Vieira. O indicador Esalq BM&F fechou esta quarta-feira a R$ 76,13 – alta de 5% nos primeiros 15 dias do ano.