No sudoeste de Goiás, os produtores de milho enfrentam problemas. O prejuízo é causado pelo ataque de lagartas. O agricultor Mozart Carvalho plantou em novembro 200 hectares de milho no município de Jataí, no sudoeste de Goiás. A lavoura enfrentou problemas, no entanto, com as chuvas irregulares do mês de dezembro. O calor e a falta de umidade favoreceram o ataque das lagartas. Ele agora espera colher 150 sacas por hectare. Ele ainda não calculou o prejuízo, mas já sabe que vai ter perdas. “Infelizmente, pela ação principalmente do ataque das lagartas, provavelmente esses números não vão ser mais atingidos”, avalia. Com dez anos de experiência no cultivo do milho, Mozart explica que a estiagem dificulta o combate à praga. “Se o clima está mais seco propicia o ataque da lagarta e dificulta o combate, o controle. O veneno fica menos eficiente e a gente perde quando pulveriza, o forte calor faz evaporar, ou seja, não chega ao alvo e não mata a lagarta”. Noutra fazenda o problema foi ainda maior. No estágio inicial da cultura houve ataque de três espécies de lagarta e toda lavoura precisou ser replantada. “Houve um surto de muita intensidade de lagartas e destruiu toda lavoura. O agricultor está analisando que os preços de mercado estão atraentes por isso ele achou mais viável fazer o replantio da área do que mudar de variedade, passar para soja ou outra cultura”, comenta o técnico agrícola Reni Garcia. Além da lagarta do cartucho, os produtores também tiveram prejuízo com um outro tipo de lagarta que ataca a raiz da planta.