O preço da soja no mercado internacional é o melhor dos últimos tempos. Os contratos na bolsa de Chicago, nos Estados Unidos, têm oscilado muito, mesmo assim continuam sendo recordes. No Paraná, o bom momento está sendo aproveitado por quem ainda tem o grão armazenado da safra passada para vender. Os armazéns das cooperativas ainda guardam soja da safra passada. A moeda corrente do campo fica depositada como uma poupança para os agricultores, que vendem aos poucos. Só na região de Maringá são mais de 100 mil toneladas para serem vendidas. A maior parte está estocada na Cocamar. Normalmente nesta época os negócios são fracos, mas o ano começou com o mercado aquecido. Na Cooperativa de Maringá o volume de vendas é bem maior que o normal. “Elas estão o dobro do que seria previsto para esse momento”, comenta o superintendente comercial da cooperativa, José Cícero Aderaldo. Os produtores estão fechando mais negócios em pleno mês de janeiro justamente por causa do preço. Na última semana na região de Maringá a soja chegou a R$ 42,75 por saca – até aumentou quase 5% em relação ao início do mês. Com essa valorização quem poupou está tirando dos armazéns para fazer dinheiro. É o caso do produtor Valdir Alves, de Maringá. Bom poupador que é, guardou as 6.500 sacas que colheu na safra passada. Só agora resolveu vender um pouquinho. “Já vendi 300 sacas para ir saldando os compromissos mais urgentes que a gente tem. Quando teve soja a bom preço nos anos anteriores eu consegui fazer um caixa para vir encostando até agora. Tem de guardar um pouquinho”.