Soja - Cresce número de focos de ferrugem em Mato Grosso
Data:
21/01/2008
A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja) já registrou 11 focos de ferrugem asiática nas plantações da oleaginosa no Estado este ano. A doença é encarada pelos produtores como uma grande ameaça, pois quando a planta é atacada não se desenvolve, acarretando em altos prejuízos aos sojicultores. No ano passado, conforme o gerente técnico da entidade, Luiz Nery Ribas, foram registrados inúmeros casos, que ele não sabe estimar a quantidade, e que este ano a associação está trabalhando com o monitoramento das plantações para que a detecção seja feita o mais rápido possível. Os municípios onde estão os fotos de ferrugem são Sinop (dois casos), Campos de Júlio, Nova Ubiratã, Itaúba, Campo Verde, Água Boa, Sorriso, Canarana, Brasnorte e Tangará da Serra. Para reduzir o número de ocorrências, a Aprosoja instalou 17 mini-laboratórios onde estão sendo feitas as análises para a confirmação da praga na lavoura. Até ontem haviam sido encaminhadas aproximadamente 750 amostras coletadas em todas as unidades laboratoriais. Ribas explica que a montagem dos laboratórios faz parte do projeto Anti-ferrugem, que implantou um sistema de alerta, o qual mostra em todo o Estado a ocorrência da ferrugem asiática nas propriedades. "Com o sistema estamos monitorando as plantações e quando há confirmação do foco são realizadas inspeções de pulverização de fungicida para controlar a doença. Além disso conta com 17 profissionais, entre técnicos e agrônomos". Ferrugem asiática - A doença é transmitida pelo fungo Phakopsora e pode ser levada de uma plantação a outra pelo vento. Segundo Ribas, desde 2003 o país acumula um prejuízo de US$ 10 bilhões com a incidência da ferrugem.