Arroz - Rio Grande do Sul lança 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz
Data:
24/01/2008
Verba para leilões de aquisição do governo e contratos de opção depende de orçamento PATRICIA MEIRA A falta de garantia de mecanismos que segurem o preço quando a safra começar a chegar ao mercado faz sombra ao lançamento da 18ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, na Estação Experimental do Instituto Riograndense do Arroz (Irga), que ocorre nesta quinta-feira, dia 24, na cidade de Cachoeirinha, região metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Diferentemente de 2007, não há como assegurar neste momento leilões de aquisição do governo federal e contratos de opção. A verba para esses instrumentos depende da votação do Orçamento da União, o que dificilmente ocorrerá antes do fim de fevereiro. Por isso, parte das lideranças trocou o lançamento em Cachoeirinha por uma reunião na Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, em Brasília. – Não adianta festa sem garantia de que será possível manter os preços – diz Francisco Schardong, diretor da Federação da Agricultura do Estado. A comitiva sugere leilões privados com bonificação pública ao produtor como alternativa ao atual cenário, explica Marco Aurélio Tavares, da Federação das Associações dos Arrozeiros do Estado: – A subvenção será uma vantagem direta ao produtor e conseqüentemente ao consumidor final, garantindo estabilidade ao mercado. O diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento Agrícola e Agropecuário do Ministério da Agricultura, José Maria dos Anjos, confirma que recursos para equalização independem da votação do orçamento, mas explica que teriam de sair de uma cota de despesas ainda não determinada pelos ministérios do Planejamento e da Fazenda. – Nesse momento há uma total indefinição porque a safra começa a ser colhida mesmo em março – argumenta o diretor do ministério. Pela proposta gaúcha, o governo federal equalizaria a diferença entre o preço de mercado e um valor de referência, a ser definido. O setor ambiciona a adoção do custo de produção de R$ 26 a saca como parâmetro, embora os R$ 22 do preço mínimo não seja de todo excluído. O presidente do Irga, Maurício Fischer, calcula que a safra desembarque com força no mercado a partir de 15 de março, apesar de o arroz novo começar a sair das propriedades a partir de 10 de fevereiro. Durante o lançamento, será possível acompanhar o leilão de 78,8 mil toneladas de arroz da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A festa de abertura oficial da colheita será realizada a partir do dia 28 de fevereiro.
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Verba para leilões de aquisição do governo e contratos de opção depende de orçamento