Os arrozeiros enviaram ofício ao Ministério da Agricultura (Mapa), ontem, pedindo o fim dos leilões dos estoques públicos do grão na entressafra. A solicitação foi realizada após finalizar o segundo pregão da Conab, que comercializou pouco mais da metade das 76,5 mil toneladas ofertadas. Foram negociadas 39,4 mil t (51,5%). O gerente de operações da Conab/RS, Gilson Pereira, disse que, em algumas praças, como Pelotas e Arambaré, houve ágio. No geral, o preço de fechamento foi de R$ 25,35 o saco. Conforme o presidente da Federarroz, Renato Rocha, o resultado demonstra que as beneficiadoras estão abastecidas até a chegada da nova safra e que não há necessidade de mais operações. 'Só queremos o cumprimento do que foi acertado, de que se não houvesse interesse da indústria não teria por que fazer novos leilões.' No primeiro pregão, foi comercializado 38% da oferta. O assessor de mercado do Irga, Marco Aurélio Tavares, afirmou que o calendário contribuiu para a cautela dos compradores. Como o leilão ocorreu antes do feriado de Carnaval, o pagamento é programado para 8 de fevereiro. Tavares explicou que o transporte para a indústria acontece somente três dias úteis depois da operação. Considerando o prazo para beneficiar o arroz, o grão só chegará ao mercado por volta do dia 20 de fevereiro, quando haverá produto da nova safra. A Conab ainda comercializou 45% das 10,18 mil t do grão de SC e 23% das 787 t do MT.