Determinação do Mapa pode levar a cortes na relação de propriedades aptas a abastecer a UE. O Rio Grande do Sul revisará os relatórios das 467 propriedades Eras aprovadas para exportar cortes bovinos para a União Européia (UE). A decisão foi tomada pela superintendência do Ministério da Agricultura no RS (Mapa/RS) e pela Secretaria da Agricultura (Seapa) após o Mapa (Brasília) ter solicitado a documentação para nova análise. 'Pedimos para fazer a revisão dos relatórios, já que fomos nós que realizamos as auditorias', enfatizaram o superintendente do Mapa/RS, Francisco Signor, e o chefe do Departamento de Produção Animal (DPA) da Seapa, Cláudio Dagoberto Bueno. A previsão é que os trabalhos comecem hoje e terminem até o dia 15, prazo dado pela UE para o envio final do material. Signor não descarta a possibilidade de a relação de fazendas mudar após a conferência. 'É possível que diminua, mas para tudo terá uma justificativa', garantiu. Ele assegurou que pode haver novas vistorias se comprovada a necessidade. 'O que não pode é o pessoal em Brasília cortar alguém da lista daqui que possa ser prejudicado', salientou. Conforme o secretário de Defesa Agropecuária do Mapa, Inácio Kroetz, em 27 de dezembro de 2007, quando o Mapa determinou aos estados a realização das vistorias, já havia ficado acertado que os relatórios seriam feitos após a entrega da lista de propriedades. Bueno afirmou que o material servirá de base para os emissários europeus que virão ao Brasil dia 25. Mas o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, adiantou que a missão poderá chegar entre os dias 5 e 10. Ontem, o preço do boi chegou a registrar queda de 3,1739%, mas acabou fechando com alta de 1,5613% na Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). 'Só pode ser devido ao embargo europeu, não tem outra razão', disse o secretário de Agricultura, João Carlos Machado. O diretor executivo do Sicadergs, Zilmar Moussalle, apontou como alternativa para os gaúchos mercados do Canadá, EUA, México e Japão. No entanto, ele não vê possibilidade de sucesso antes de 2009. 'Não estamos prontos. Teríamos de avançar na rastreabilidade e no controle das fronteiras', disse.