Problemas para a colheita da soja no norte de Mato Grosso. As máquinas não conseguem entrar na lavoura encharcada. Na fazenda do agricultor Luciano Bedin, em Sorriso, no norte de Mato Grosso, são 10 mil hectares cultivados. Ele conta que o tempo não dá trégua. “A cada 30, 40 minutos vem uma chuva para a gente. E nós estamos nesta fazenda com 1.700 hectares dessecados há 14 dias e não conseguimos colher praticamente nada”, comenta. Numa fazenda desde o início do ano foram registrados 450 milímetros de chuva. Cai água praticamente todo o dia e o volume tem aumentado. Há quase uma semana as máquinas nem conseguem entrar na lavoura. No forte colheita elas estão paradas e enchem o barracão. “Colhemos pela última vez no sábado à tarde. As máquinas estão prontinhas desde sábado, prontas para colher, mas até agora ainda não deu”, revela o operador de colheitadeira Gilmar Pitarelli. Segundo a Fundação Mato Grosso, a previsão é de que o mês de fevereiro também seja chuvoso. Motivo de preocupação para os agricultores. “Se as previsões para os próximos dias se concretizarem, haverá perdas dentro daquilo que já está pronto para ser colhido”, avalia o agricultor Nelson Picolli.
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Problemas para a colheita da soja no norte de Mato Grosso. As máquinas não conseguem entrar na lavoura encharcada. 