Soja - Mato Grosso do Sul fica no topo do ranking de ferrugem asiática
Data:
11/02/2008
Sojicultores do Estado ficam em alerta máximo para combater novo surto da doença Luiz PatroniAlerta total nas plantações de soja em Mato Grosso do Sul: o Estado é o que mais registrou casos de ferrugem asiática nesta safra. Na fase final de desenvolvimento das plantas, o lema é reforçar o monitoramento das lavouras para evitar que a doença provoque prejuízos. O produtor Cléber Desconsi plantou 800 hectares de soja. A lavoura não escapou do ataque da ferrugem asiática, que já foi identificada em vários talhões. Para tentar conter o avanço da doença e minimizar os prejuízos, Desconsi gastará 30% a mais do que na safra passada. Na última safra, o produtor conseguiu controlar a ferrugem com apenas uma aplicação de fungicida, mas, neste ano, terá que fazer até três aplicações em algumas regiões. A preocupação de Cléber Desconsi tem um motivo: Mato Grosso do Sul já registrou 309 ocorrências de ferrugem asiática nesta safra, quase 45% dos casos registrados nas lavouras de todo o país. Segundo os especialistas, o elevado número de casos no Estado é conseqüência das altas temperaturas e do excesso de chuvas em algumas regiões, combinação que cria condições favoráveis para a propagação da doença. A orientação para evitar prejuízos, é que os produtores reforcem o monitoramento das plantações. Principal problema enfrentado na cultura da soja, a ferrugem asiática provoca a desfolha precoce da planta, o que impede a formação completa dos grãos, reduzindo a produtividade das lavouras. O primeiro caso no Brasil foi registrado em maio de 2001, no Paraná. Com o tempo, a doença se espalhou. Na última safra, foram confirmadas 2.778 ocorrências no país, provocando uma perda de 2,6 milhões de toneladas do grão, um prejuízo que superou US$ 600 milhões.