CNBS autoriza venda de duas variedades, mas oferta de sementes só deve ganhar escala em 2009. Com sete votos favoráveis e quatro contrários, o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS) autorizou, ontem, a comercialização de duas variedades de milho geneticamente modificado: MON810, da Monsanto, e Liberty Link (LL), da Bayer. As cultivares já haviam sido aprovadas pela CTNBio, o que foi contestado pela Anvisa e pelo Ibama. Agora, serão encaminhadas para registro no Ministério da Agricultura e, depois, para a multiplicação comercial. No entanto, as sementes transgênicas de milho somente devem chegar em volume ao mercado em 2009, prevê o presidente da Abrasem, Ywao Miyamoto. Desde a manhã de ontem, manifestantes a favor e contra a liberação empunhavam cartazes em frente ao Palácio do Planalto à espera da decisão. O presidente da Abramilho, Odacir Klein, destacou que, agora, o Brasil terá condições de competir com EUA e Argentina. 'A semente é resistente a pragas, o que reduz custo', afirmou. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, apontou que este é apenas o início da busca por soluções para a agricultura, que deve passar, ainda, pela autorização de uso de produtos genéricos. O deputado Darcísio Perondi acredita que quem usar a LL pode economizar até R$ 50,00 por hectare por aplicação. Quem plantar a MON810 não deve gastar com herbicida e a produtividade pode ser de 35% a 50% maior. A coordenadora do Greenpeace, Gabriela Vuolo, disse que a decisão foi irresponsável. Segundo ela, existe brecha para reverter a situação. 'O artigo 225 da Constituição determina apresentação de Estudo de Impacto Ambiental, o que não foi feito.' No entanto, disse que o Greenpeace não vai ingressar na Justiça.
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CNBS autoriza venda de duas variedades, mas oferta de sementes só deve ganhar escala em 2009. 