Depois de ter anunciado a retomada das exportações de trigo, o governo argentino decidiu não aceitar novas declarações para embarque antes de 17 de março. A restrição teria sido divulgada, ontem, em carta enviada pela Secretaria de Agricultura do país aos exportadores. A reabertura dos registros estava prevista para hoje, mas a resolução atual define que ficarão fechados até 1º de março. O prazo para exportar após a declaração foi reduzido de 90 dias para 15, com tolerância de 15. Apesar da medida, o controle e monitoramento do comércio de trigo entre a Argentina e o Brasil será intensificado, conforme ficou definido na reunião em Buenos Aires. 'Queremos monitorar o que está acontecendo nos embarques argentinos para dar maior estabilidade no fornecimento ao Brasil', disse o secretário do Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Ivan Ramalho. O primeiro encontro será dia 18 de março, em Brasília. A iniciativa, segundo o presidente do Sinditrigo, Cláudio Furlan, servirá para identificar o volume exato do grão destinado ao Brasil. 'Talvez, haja menos necessidade de trazer trigo de fora do Mercosul.' A necessidade de abastecimento dos moinhos brasileiros até a entrada da safra 2007/08 é de 1 milhão de toneladas, considerando a demanda brasileira de 10,5 milhões de t/ano. A quantidade será buscada de fora do Mercosul, ação facilitada pela redução da TEC. Os argentinos consideraram a ação manobra poítica.
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Depois de ter anunciado a retomada das exportações de trigo, o governo argentino decidiu não aceitar novas declarações para embarque antes de 17 de março. A restrição teria sido divulgada, ontem, em carta enviada pela Secretaria de Agricultura do país aos exportadores. A reabertura dos registros estava prevista para hoje, mas a resolução atual define que ficarão fechados até 1º de março. O prazo para exportar após a declaração foi reduzido de 90 dias para 15, com tolerância de 15.