Produtores de feijão do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, estão preocupados com o resultado da colheita. O excesso de chuva está prejudicando a qualidade do grão. Dos 220 hectares de feijão que o agricultor Edson Machado plantou em Lagoa Formosa, cerca de 60 já foram colhidos, e cada vez que a colheitadeira passa separando os grãos a expectativa de uma boa colheita diminui. “Você fica naquela preocupação e na expectativa de colher um produto de boa qualidade. Mas no fundo falta muito a essa qualidade para nos satisfazer”, diz ele. Na última safra os produtores da região colheram, em média, 36 sacas de feijão por hectare. Agora estão colhendo cerca de 30. E a perda pode ser ainda maior. A principal preocupação dos agricultores é com o clima. A chuva que faltou na época do plantio agora está abundante na região. E o excesso de água já está provocando a queda na produtividade e também a diminuição na qualidade do grão. É o caso do agricultor Oliveiros de Andrade. Na propriedade dele, em Patos de Minas, ainda falta colher a metade da área dos 100 hectares de feijão, e a cada dia de sol os trabalhadores aceleram para arrancar as plantas. “O feijão que estava valendo R$ 200,00 a saca, eu não sei nem se está valendo R$ 50,00. É quase perda total” Segundo a Emater, 10% dos 200 mil hectares plantados em minas já foram colhidos.
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Produtores de feijão do Alto Paranaíba, em Minas Gerais, estão preocupados com o resultado da colheita. O excesso de chuva está prejudicando a qualidade do grão. 