Bahia registrou os primeiros focos da ferrugem asiática da soja. Os casos surgiram em lavouras de Luís Eduardo Magalhães, no oeste do estado. Os técnicos do programa de manejo da ferrugem asiática olham com cuidado os mais de 900 mil hectares de soja da região oeste da Bahia. A análise é feita principalmente nas folhas mais baixas das plantas, onde a doença aparece primeiro. O trabalho se intensificou na última semana com o surgimento dos primeiros focos da ferrugem. Um dos registros foi numa área onde a soja está no período de floração. Outro, no estágio de formação da vagem. “Este ano houve alguns veranicos no início, o produtor atrasou o plantio e a doença apareceu no estágio reprodutivo da soja”, explica a agrônoma Mônica Martins. Todas as folhas coletadas nas lavouras de soja com suspeita da doença são levadas para laboratórios. São nove em todo o oeste da Bahia. O processo é rápido: em 24 horas já se tem o resultado da confirmação ou não da ferrugem. Para diminuir a incidência do fungo nas plantações este ano a Bahia vai estabelecer o vazio sanitário. “É um período de, no mínimo, 60 dias em que nós não vamos permitir que a soja esteja presente na região”, afirma o agrônomo Nailton Almeida. Já foram registrados 1.347 focos de ferrugem no país. Mato Grosso do Sul e Paraná são os estados com maior número de casos.