A expectativa de que a China acelere suas importações de grãos para recompor estoques e tentar conter a inflação no país (que em janeiro foi de 7,1%, conforme dados do governo) determinou novas máximas para as cotações da soja ontem na bolsa de Chicago. "Os chineses voltaram ao mercado após o feriado do Ano Novo Lunar para recompor seus estoques", afirmou Vinícius Ito, da corretora de commodities Newedge, baseada em Nova York. Segundo ele, já há notícias de que os chineses fizeram pesadas importações soja em grão e óleo de soja do Brasil e dos EUA. "O país foi atingido por uma forte nevasca, que afetou as lavouras de canola. Cerca de 410 mil hectares de canola deixarão de ser colhidas por causa do clima". Com esses movimentos chineses, além da desvalorização do dólar em relação a outras moedas importantes e da nova valorização do petróleo, os contratos do grão com vencimento em maio subiram 26,50 centavos de dólar (1,9%) e fecharam a US$ 14,1775 por bushel. O óleo para o mesmo mês atingiu 60,97 centavos de dólar por libra peso, um salto de 178 pontos. Os mesmos fatores também motivaram a alta do milho em Chicago. Os futuros do grãos para entrega em maio registraram valorização de 5,50 centavos de dólar e fecharam a US$ 5,3250 por bushel. Neste caso, porém, o "fator petróleo" foi mais importante do que o "fator China". Sob influência de soja e milho, o trigo para maio fechou a US$ 10,4750, salto também de 5,50 centavos de dólar por bushel. (MS)