O mercado do café teve uma semana de alta. Subiu tanto o preço do café arábica, em Minas, como o do conilon, no Espírito Santo. Cento e vinte mil sacas de café ainda estão empilhadas nos armazéns de uma cooperativa de produtores em São Gabriel da Palha, noroeste do Espírito Santo. Quase o dobro do que a cooperativa armazenava no mesmo período do ano passado. De julho de 2007 a janeiro de 2008 o preço da saca do café conilon estava estável, girava em torno de R$ 195,00. Neste mês houve uma alta de 5% no valor. Os produtores estão aproveitando para tirar o café do estoque. A cooperativa vende em média 25 mil sacas por mês. Em fevereiro, até agora, 44 mil sacas já foram vendidas. Seu Dário Martinelli tem 100 mil pés de café conilon em duas propriedades em São Gabriel da Palha. Ele espera repetir a mesma produção da safra passada. Está esperançoso também com os preços. “Tenho quase certeza de que os preços vão se manter por um bom período”, diz ele. No sul de Minas, vamos ver a situação do café arábica. Minas Gerais é o maior produtor de café tipo arábica do Brasil, respondendo por 65% da produção. A safra deve começar em meados de maio, mas enquanto a colheita não se inicia a maioria dos produtores aproveita a alta dos últimos dias para vender o que sobrou da colheita passada. No armazém da cooperativa de Varginha restam cerca de 30% do café colhido em 2007. Esta semana a bolsa de Nova York, que negocia café arábica teve dias de forte alta, o que acabou refletindo nos negócios aqui no Brasil. O presidente da cooperativa explica os motivos da alta. “Se confirmou uma expectativa de safra menor do que há um ano e os estoques de passeio estão muito pequenos. Eu acredito que o Brasil este ano vai ser o maior estoque de passagem de uma safra para a outra”, diz Henrique Reis Pinto, presidente da cooperativa de Varginha.