Soja - Sojicultores do Paraná continuam em alerta com o ataque da ferrugem
Data:
26/02/2008
Algumas lavouras de soja já começaram a ser colhidas na região de Campo Mourão (PR) e outras ainda estão em desenvolvimento e suscetíveis a ferrugem asiática. A doença está se comportando de maneira diferente e evoluindo de forma menos agressiva em comparação às safras anteriores. “Porém, o clima nos últimos dias está propício para o ataque da ferrugem nas lavouras. Os produtores devem continuar em alerta”, assinala o supervisor de Assistência Técnica da Coamo, Antonio Carlos Ostrowski. Ele revela que até o momento, em 33% das amostras analisadas pelo programa SOS Soja, mantido pela Coamo e Bayer em parceria com a Fundação ABC, a ferrugem foi detectada. “É um número bem abaixo do ano passado. Neste mesmo período o índice estava em quase 100%”, avalia Ostrowski. O supervisor atesta que entre 40% e 60% das lavouras estão em frutificação e a doença pode ainda causar danos. “Em um ano com expectativa de boa produtividade e de bons preços, os produtores não podem arriscar e perder. É preciso um acompanhamento”, reitera. Segundo Ostrowski, são dois os motivos para a ferrugem estar atacando com menor intensidade. “É a condição climática, associado ao bom manejo da doença por parte dos produtores”. Porém, o supervisor ressalta que nas últimas semanas houve um aumento no índice das amostras devido o clima que esteve favorável para o surgimento da ferrugem asiática. Ostrowski destaca que as condições para a incidência de ferrugem asiática da soja estão relacionadas às condições climáticas, como a temperatura amena, orvalho pela manhã e dias nublados. “A ação desta doença é muito rápida, tanto que em poucos dias as lavouras podem ser contaminadas e causar danos irreversíveis”, explica. SOS Soja - Segundo levantamento do Detec da Coamo, na safra passada foram analisadas mais de dez mil amostras através do SOS Soja - serviço de análises de amostras das lavouras para a verificação de incidência de ferrugem asiática. O objetivo do programa é informar aos técnicos e produtores sobre a incidência da ferrugem asiática nas lavouras e a possibilidade de propagação da doença, a partir de análises detalhadas das regiões monitoradas. “Esses programas são relevantes e possibilitam a verificação e o monitoramente da doença. Somente em 2006, analisamos em nosso laboratório mais de dez mil amostras através do Programa SOS Soja, desse número em 44% foram detectados focos de ferrugem asiática”, informa Ostrowski, reforçando a importância do acompanhamento e da ação preventiva dos técnicos e dos produtores rurais.
Antiferrugem – De acordo com o Consórcio Antiferrugem mantido pela Embrapa Soja, no Brasil já foram detectados 1513 casos de ferrugem asiática e no Paraná 645. Destes, 645 estão na região de Campo Mourão. As ocorrências foram encontradas em: Araruna (04), Barbosa Ferraz (03), Boa Esperança (03), Campina da Lagoa (18), Campo Mourão (38), Engenheiro Beltrão (06), Farol (01), Fênix (02), Goioerê (05), Iretama (02), Janiópolis (01), Juranda (09), Luiziana (79), Mamborê (26), Moreira Sales (02), Nova Cantu (03), Peabiru (04), Quinta do Sol (09), Roncador (10), Terra Boa (02) e Ubiratã (01).