As principais commodities agrícolas negociadas nas bolsas americanas voltaram a ter forte oscilação ontem. Milho e soja, influenciados pelo reiterado temor de aumento da demanda e aperto na oferta, subiram. Os preços do trigo, na contramão, após uma seqüência de cinco altas, despencaram As exportações americanas de soja atingiram 583,7 mil toneladas na semana encerrada no dia 21 de fevereiro, segundo o Departamento de AGRICULTURA dos Estados Unidos (USDA). O volume ficou dentro das expectativas dos analistas, mas foi considerado alto em virtude do preço da commodity. Em Chicago, os contratos com vencimento em Chicago subiram 37,25 centavos de dólar, para US$ 15,1250 por bushel. Mesmo sem grandes novidades sobre os fundamentos do mercado de milho, o grão também encerrou em alta. Os contratos negociados em Chicago que vencem em maio subiram 18,25 centavos de dólar, para US$ 5,5625 o bushel. Na terça feira, o Cazaquistão informou que restringiria exportações de trigo para aplacar o risco de inflação no país. Ontem, no entanto, foi anunciada uma ressalva na decisão, e exportadores que mantiverem estoques no mercado interno poderão vender ao exterior, segundo Vinícius Ito, operador da Newedge, em Nova York. A notícia ajudou a puxar a queda da commodity. Os contratos de Chicago para maio caíram 85 centavos de dólar, a US$ 11,65 por bushel. Em Kansas, a queda foi de 82 centavos de dólar, para US$ 12,26 por bushel. "O rumor de que os EUA vão importar trigo da Alemanha, que durava uma semana, confirmou se. Isso também colaborou para a queda", disse Ito. Pesou na baixa, ainda, um erro operacional do fundo MF Global, que negocia trigo em Chicago. O fundo, por engano, ordenou a venda de mais 10 mil contratos, posteriormente recomprados. A perda estimada com a operação foi de US$ 141 milhões, segundo Ito.