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Porto Alegre, sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
 
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Soja - Custos elevados reduzem plantio em 2008
Data: 10/03/2008
 
O aumento dos custos de produção da soja nas últimas semanas, de R$ 1,1 mil por hectare para R$ 1,7 mil, afetou a projeção da SAFRA do grão para este ano no Estado de Roraima. Dos 12 mil hectares previstos para 2008, aproximadamente 36 mil toneladas de soja, o que já representaria um aumento de cerca de 70% em relação ao ano passado, os produtores só deverão plantar entre nove e dez mil hectares.
A informação é do presidente da Cooperativa Grão Norte de Roraima, Dirceu Vinhal, que participou ontem do programa Agenda da Semana, veiculado todos os domingos, ao vivo, pela Rádio Folha AM 1020.
No final de fevereiro, as exportações de soja do Estado de Roraima estavam sob a influência do aquecimento do mercado mundial e os produtores regionais estavam eufóricos com os bons ventos das exportações da SAFRA.
A China e a Índia aumentaram a importação do grão, ao mesmo tempo em que os Estados Unidos, um dos maiores produtores de soja do mundo, diminuíram a área plantada para dedicá-la ao plantio do milho, por causa do ETANOL. Os produtores brasileiros saíram ganhando com este cenário.
"Este ano, os preços internacionais da soja explodiram e, apesar da queda da moeda americana, nós estávamos com uma expectativa muito boa em relação às exportações da soja produzida em Roraima.
Mas fomos surpreendidos com os custos de produção que aumentaram assustadoramente", declarou Dirceu Vinhal.
As alterações dos preços dos insumos desanimaram os produtores que agora estão revendo as projeções. De acordo com o presidente da cooperativa, os custos de produção em Roraima já são mais altos do que os praticados nos estados do Centro-Sul do país em torno de 35%.
A aquisição de insumos em grande volume iria reduzir os custos finais, tendo um peso significativo no orçamento e planejamento das próximas SAFRAS. O problema, na avaliação de Vinhal, é que os produtores locais ainda não têm como adquirir esses elementos em quantidade que ajude a reduzir o preço.
"Conversei outro dia com um produtor que, mesmo em anos ruins, conseguiu ampliar a área plantada, e agora, pela primeira vez, escuto ele dizer que não sabe se irá plantar este ano por causa dos custos absurdos", acrescentou. Na sua avaliação, o aumento do preço dos insumos é um reflexo da explosão da demanda do mercado de soja.
Novos produtores de soja podem chegar em RR no próximo ano
Apesar dos altos custos deste ano, o número de produtores de soja em Roraima deve aumentar no próximo ano. É o que espera o presidente da Cooperativa Grão Norte, Dirceu Vinhal. Ele explica que o preço do produto aumentou no mercado internacional e atualmente o Estado reúne apenas 14 produtores.
Além disso, lembra que a soja atualmente é um produto em falta no mercado internacional, em razão da grande demanda. Hoje, a saca do grão custa R$ 50,00. Tirando os impostos a serem pagos, o produtor lucra livre R$ 44,50 por cada saca. Em março do ano passado, a soja era vendida por R$ 27,00.
Um dos maiores produtores de soja, Afrânio Vebber, acredita que os preços vão continuar subindo até 2010 devido à redução da área plantada no Brasil e nos Estados Unidos. "O Brasil é o maior produtor de soja. São 56 milhões de toneladas. Os EUA afirmavam que tinham estoque de 100 milhões de toneladas, mas ano passado soube-se que na verdade o estoque daquele país era de 4 milhões de toneladas. Ou seja, está faltando soja no mundo", enfatizou.
Na opinião dele a produção em Roraima não é desanimadora, mas adianta que mesmo com a grande demanda do produto no mercado, este ano não haverá grandes retornos para os produtores locais.
Explica que nos últimos três anos os produtores de Roraima passaram por crise e acumularam dívidas. Agora, com o preço elevado do produto, a tendência é que eles paguem os débitos antigos.
Para ele, em 2009 será possível ver na prática as mudanças positivas relacionadas ao aumento no preço da soja, citando como exemplos, aumento da capitalização, ampliação de áreas para produção, compra de mais máquinas e eletrodomésticos. "Na medida em que a economia é aquecida, haverá aumento de emprego também", ressaltou. Em maio inicia a plantação e a colheita ocorre em setembro.
Expectativa dos produtores de soja é boa em relação à ALC
A implantação da ALC (Área de Livre Comércio) deve gerar benefícios para o AGRONEGÓCIO. O produtor Afrânio Vebber explica que entre as vantagens está a possibilidade de baratear o preço do frete dos caminhões, em razão do aumento de fluxo de carregamento.
Também destaca que as fábricas de ração poderão ter o fornecimento de soja, milho e milheto dos produtores locais. No entanto, o presidente da Cooperativa Grão Norte, Dirceu Vinhal, ressalta que é preciso um plano de desenvolvimento para o setor.

Fonte: Folha de Boa Vista
 
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