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Porto Alegre, sexta-feira, 10 de janeiro de 2025
 
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Milho - Produtores estão ansiosos para plantar milho transgênico, diz associação
Data: 10/03/2008
 
Agricultores estão ansiosos para iniciar a produção de espécies de milho TRANSGÊNICO, afirma o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Odacir Klein. Na última terça-feira (4), decisão do Tribunal Regional Federal da 4º Região de Porto Alegre manteve a liberação para o comércio da espécie modificada Liberty Link.
O presidente avaliou que a medida traz impactos positivos para os produtores. Um deles seria a diminuição no custo da produção, porque, disse, as sementes transgênicas são mais resistentes a determinados agentes externos, resultando um uso menor de defensivos agrícolas e um efeito ambiental melhor.
"Este ano, no Sul do país, teve uma praga chamada lagarto-do-cartucho, principal inimigo do milho. Essa lagarta prejudicou sensivelmente o milho produzido por sementes convencionais. O milho produzido por sementes transgênicas é resistente a determinados tipo de pragas", acrescentou Klein, em entrevista à Rádio Nacional.
Segundo o responsável pela Abramilho, a produção brasileira tem potencial para crescer. Ele destacou a grande demanda mundial, principalmente na Ásia, e disse que o país precisa modernizar suas técnicas agrícolas.
"É fundamental que nós tenhamos condições de competitividade com outros países bem mais adiantados que nós, na produção desse grão, como nos Estados Unidos e Argentina."
No início do ano, liminar judicial que impedia a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) de liberar qualquer variedade de milho transgênica foi suspensa pela desembargadora Maria Lúcia Luz Leiria. Na decisão, a magistrada destacou que a decisão causaria prejuízos e atraso no comércio do produto.
A liminar que proibia a liberação havia sido deferida parcialmente pela juíza federal Pepita Durski Mazini. Ela acatou com ressalvas a ação movida por quatro entidades - Assessoria e Serviços a Projetos em AGRICULTURA Alternativa (AS-PTA), Associação Nacional de Pequenos Produtores, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) e a Organização Civil pelos Direitos Humanos -, que apontavam riscos à saúde dos consumidores e falhas no processo de liberação. Ao decidir, a juíza afirmou que os estudos não abarcaram os possíveis impactos nas Regiões Norte e Nordeste.
Com a decisão, o comércio do Liberty Link, de responsabilidade da empresa Bayer, ficava proibido e a CTNBio era obrigada a exigir de produtores a elaboração de medidas para garantir que as variações transgênicas não ameaçassem a existência de variedades orgânicas, convencionais e ecológicas do vegetal. Pedidos para impedir a continuidade da comissão e que incluíam outra empresa foram indeferidos.

Fonte: Agência Brasil
 
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