Estudo apresentado a parlamentares sinaliza para renegociação, mas solução é adiada para o dia 25. Atendendo a incansáveis solicitações de produtores e de lideranças do agronegócio, o governo apresentou, ontem, as linhas básica de um estudo que detalha o tamanho da dívida rural brasileira. No documento, o Executivo confirmou que trabalha com uma soma de R$ 87 bilhões em débitos, sendo R$ 74 bilhões da agricultura comercial e R$ 13 bilhões do Pronaf. Segundo o deputado Luis Carlos Heinze, que participou da reunião com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e o secretário de política agrícola, Bernard Appy , em Brasília, o governo estaria disposto a reavaliar o pagamento do montante, que é menor do que os R$ 130 bilhões apurados pelos deputados da bancada ruralista da Câmara Federal. 'Não podemos concordar. O que o governo apresentou está muito longe do que queríamos', disse o parlamentar, que estará reunido, hoje, em café da manhã com outros deputados para avaliar o tema. Heinze informa que também foi sinalizada a possibilidade de redução dos juros de custeio em 0,75 ponto percentual, de 8,75% para 8%. As taxas de investimento podem passar de valores entre 10% a 13%, para 9,5%. Contudo, não há confirmação por parte do Ministério da Agricultura. Uma proposta para a renegociação deverá ser apresentada até o dia 25 de março. Apesar de desagradar os deputados, a sinalização contentou o presidente da Farsul, Carlos Sperotto. De acordo com ele, a apresentação do estudo não deixa de ser um avanço já que o valor está próximo do que o setor tem trabalhado. 'Esperamos que até o dia 31 já exista uma conclusão', estima.