Ministério da Agricultura enviará plano de ação para a União Européia e fará treinamento de auditores. A missão de técnicos da União Européia (UE) que vistoriou 27 fazendas da lista oficial brasileira apresentada ao bloco saiu do Brasil insatisfeita com o trabalho desenvolvido pelas certificadoras. Conforme o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura (Mapa), Inácio Kroetz, o grupo indicou que o desempenho das empresas deve ser melhorado. Para atender às exigências dos europeus, o governo admite descredenciar mais certificadoras no país. 'Não se pôde nem ter o número de inconformidades', detalhou após reunião de avaliação com o grupo. Também foram relatadas falhas no controle de movimentação de animais, identificadas, principalmente, pela falta da documentação exigida pela instrução normativa 17. 'Todos os exemplares devem ter registro no banco de dados do Sisbov. Se isso aconteceu, foi porque as certificadoras aprovaram propriedades Eras que não estavam totalmente aptas', declarou Kroetz. Por isso, o Mapa prepara um plano de ação corretivo, que deverá ser enviado à UE assim que o relatório oficial chegar ao Brasil. Conforme Kroetz, o primeiro passo será reciclar os auditores. 'Já teremos curso teórico de 31 de março a 4 de abril para os auditores oficiais. Na semana seguinte, o treinamento será em serviço', revela. Entre 80 e cem técnicos participarão das atividades. A reciclagem também deve ser cobrada das certificadoras. Após o processo, o Mapa fará uma nova auditoria nas empresas brasileiras. 'Vai ser um processo contínuo', salientou. Contudo, Kroetz disse que o mercado europeu para a carne bovina brasileira está aberto, mas que não há logística de venda porque o número de fazendas da lista é muito pequeno.