Café - Qualidade paranaense do café está consolidada
Data:
19/03/2008
Nos últimos anos os produtores conseguiram reverter a imagem negativa do café produzido no Paraná. A cafeicultura deixou o cultivo extensivo, partindo para o plantio intensivo e se tornou mais produtiva. Além disso, nos últimos dois anos produtores paranaenses ganharam concursos nacionais de qualidade. "A tendência é que os produtores permaneçam na atividade, está sendo feita a renovação das lavouras e também há investimentos no grão de qualidade", diz Paulo Franzine, engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural (Deral) e secretário da Câmara Setorial do Café. Este ano o Paraná deverá produzir 2,3 milhões de sacas. A área produtiva é de 100 mil hectares. Na sua avaliação investimentos na qualidade do café exigem a organização dos produtores. "O café paranaense tem qualidade, mas isso também exige investimentos. Somente se os produtores estiverem organizados é que eles terão poder de barganha para conseguir preços melhores e para exportar sua produção", comentou Franzine. De acordo com Francisco Barbosa Lima, engenheiro agrônomo responsável pelo Café da Superintendência Local do Ministério da Agricultura, uma das provas de que o café paranaense tem boa qualidade é o preço, que foi igualado ao de mercados tradicionais, como o do interior de São Paulo e do Espírito Santo. A adoção de tecnologia e o plantio adensado melhoraram a imagem do café do Paraná. O Estado é o quarto ou o quinto maior produtor de café do País, ranking variável conforme a bianualidade da cultura. Os maiores produtores são: Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, respectivamente. No ano passado, informou Lima, foi implantado um programa para reestabelecer e reestruturar a cafeicultura paranaense, através do programa de Desenvolvimento Regional Sustentável do Banco do Brasil. O programa tem R$ 344 milhões em recursos para serem utilizados até 2010.