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Registro - Lideranças preparam mobilização para amanhã, em Brasília, em busca de solução para dívidas
Data: 24/03/2008
 
Produtor faz vigília por renegociação  
Uma vigília à espera da proposta do governo para as dívidas rurais deverá reunir, aproximadamente, 800 líderes de diversas entidades do setor amanhã, às 10h, no auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília. A ação terá início com a realização de uma audiência pública em que serão discutidos os pontos dos quais os ruralistas não pretendem abrir mão. A pauta mínima também será avaliada na noite de hoje, em um jantar na sede da CNA. 'Em princípio, ficaremos reunidos em vigília até o término da reunião de terça-feira. Mas, se a proposta não atender as nossas reivindicações, poderemos estender a ação até a quarta-feira', destaca o presidente da Comissão de Agricultura na Câmara, deputado Onyx Lorenzoni. O ato contará com a presença do presidente da Farsul, Carlos Sperotto, que estará na capital federal para acompanhar as negociações. 'Há possibilidade de o governo se posicionar já na audiência', aponta Sperotto. A Federraroz levará 19 líderes para o encontro. 'Esperamos proposta que nos dê fôlego para honrar o endividamento sem comprometer a rentabilidade', salienta o presidente da entidade, Renato Rocha.
A resposta do governo às demandas do setor será apresentada amanhã, em reunião, às 17h, no Ministério da Fazenda. Participarão os ministros da Agricultura, Reinhold Stephanes, do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, e o representante da Subcomissão da Dívida, Marcos Montes.
Conforme estudo do governo, a dívida é de R$ 87 bilhões, sendo R$ 13 bilhões da agricultura familiar e R$ 74 bilhões da agricultura empresarial. Os débitos referentes às safras 2006/2007 e 2007/2008 não integram o montante. 'A idéia é que tudo seja incluído', pleiteia Lorenzoni.
Até o momento, Stephanes já sinalizou a intenção de reduzir encargos adicionados aos débitos dos 128 mil agricultores inscritos na Dívida Ativa da União, bem como o prazo de cinco anos para que quitem o valor restante. Um desconto proporcional ao tamanho da propriedade, entre 30% e 60%, também foi citado. 'Tanto Stephanes quando Bernard Appy sinalizaram que a proposta será consistente', sinalizou.
Para o coordenador da Comissão de Crédito Rural da Farsul, Elmar Konrad, o objetivo principal é reduzir o impacto negativo para o produtor. 'Buscamos mais prazo e menos juros', afirma.

Fonte: Correio do Povo
 
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