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Café - Novas regras para a qualificação dos torrados
Data: 26/03/2008
 
O café brasileiro vai passar por um novo processo de identificação e qualificação dos grãos verdes e do produto torrado e moído. De acordo com a nova portaria divulgada nesta terça-feira pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), as medidas para estabelecer um padrão oficial de qualidade levam em consideração a origem do café verde ou torrado e incluem a avaliação sensorial de aroma, fragrância, viscosidade e acidez
Após a consulta pública sobre o regulamento técnico com as novas regras, as opiniões com fundamentações técnicas sobre o projeto devem ser encaminhadas ao Ministério da Agricultura em até 60 dias.
O consumo per capita de café no Brasil chegou ao 74 litros por ano em 2007, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic). O índice é próximo ao constatado na Alemanha e Itália, que estão entre os maiores países consumidores. O mercado nacional corresponde a 14% da demanda mundial, e consumiu no ano passado cerca de 17,1 milhões de sacas. Para Natan Herszkowicz, diretor executivo da Abic, a iniciativa é extremamente positiva e vai atender a cadeia produtiva como um todo.
Ele explica que o consumidor ganha com um produto identificado e de qualidade comprovada, os produtores com uma melhor remuneração pelo grão segregado e a indústria com a organização do setor. "A melhora da qualidade é a ferramenta que impulsiona o consumo", disse.
Na regulamentação antiga, as análises eram feitas em torno da classificação do grão verde de acordo com as normas brasileiras. Herszkowicz diz que no processo de torrefação são definidas as características quanto ao aroma e sabor, que são muito complexas. E isso não era contemplado com o antigo código. Segundo ele, as novas regras são as mais avançadas no mundo em relação a qualificação do produto final e explica que isso deverá separar o café do dia-a-dia, dos gourmets - que possuem maior qualidade. "A organização do setor deve ajudar a atingir o consumo interno de 21 milhões de sacas até 2010".

Fonte: Gazeta Mercantil
 
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