Sugestão apresentada pelo governo não atende a pleitos do setor. Negociação continua em Brasília Descontentes com o pacote apresentado pelo governo para a renegociação das dívidas rurais, parlamentares ligados à bancada ruralista preparam contraproposta. As sugestões devem ser finalizadas até amanhã. Um dos principais pontos de conflito é com relação ao Pesa e à Securitização, já que os produtores que estão na Dívida Ativa da União (DAU) não deverão sentir o impacto dos descontos, aponta o deputado Luis Carlos Heinze. O documento ainda deve reivindicar um prazo de carência para que os produtores tenham fôlego e possam honrar os débitos, acrescentou o deputado Onyx Lorenzoni. O parlamentar alega que a redução de juros proposta pelo governo ainda é insuficiente, assim como o alongamento dos prazos. 'Poderíamos ter de 15 a 17 anos para pagamento'. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, que acompanhará a elaboração da contraproposta, disse que 'há disposição para negociar tratativas pontuais e gerais. Estamos no caminho certo'. Os pequenos produtores também não saíram satisfeitos. O presidente da Fetag, Elton Weber, alegou que o projeto beneficia pouco o segmento no Estado, pois prevê atendimento para as linhas C, D e E do Pronaf com recursos oriundos de fundos constitucionais e a maioria dos financiamentos do Sul vem do BNDES e do FAT. No RS, diz ele, apenas aqueles com débitos ligados ao Banco da Terra foram contemplados, entre 3 mil e 4 mil.