O gerente geral da Caieira Nossa Senhora da Guia, indústria de extração de calcário com sede em Cuiabá, Gustavo de Oliveira, espera um crescimento de 30% na produção deste ano em relação a 2007. No ano passado foram produzidos 115 mil (t) e este ano, a previsão é que sejam produzidas 150 mil (t). Ele afirma que o cenário está positivo, pois a soja, que é o principal "cliente" do insumo está com preços elevados e tendem a se manter ao longo do ano, estimulando o produtor a investir. "O produtor que se preocupa com a qualidade do solo tem produtividade maior. Ao contrário, os que não investem na correção e adubação, por qualquer motivo que seja, tem menos vantagem em produtividade", diz ao lembrar que com o aumento na produção, cresce a área plantada o que vai demandar aplicação de corretivo nos solos que estavam em desuso em função da crise no setor agropecuário em 2005 e 2006. Oliveira destaca que nos últimos 10 anos o perfil do produtor de calcário mudou, principalmente envolvendo os custos de produção que refletem diretamente nos investimentos feitos pelos industriais nos parques de produção. Conforme o diretor, apesar de a comercialização não ser tributada no Estado, os materiais de produção como energia, combustível e equipamentos, têm uma elevada carga tributária, onerando a produção o que acarreta em um preço diferenciado se comparado a outros mercados como Paraná e Rio Grande do Sul. Até o ano 2000, as indústrias contavam com galpões para armazenar o produto, mas como nos últimos anos a demanda ficou reprimida, os empresários optaram por não estocar e começaram a produzir de acordo com a demanda. (FR)