A valorização do arroz no mercado interno é resultado da elevação da cotação internacional do grão, afirmou o presidente da Federarroz, Renato Rocha. Ele disse que o produtor não está retendo o cereal para especular no mercado e que não existe qualquer orientação por parte da federação para que os arrozeiros atuem desta forma. 'A indústria está comprando só que, para se adequar aos preços internacionais, tem de pagar mais', salientou. Apesar da reação nos preços, Rocha comentou que a cotação ainda não se igualou ao custo de produção, de R$ 26,28 a saca. Além disso, o dirigente apontou que deve haver elevação na ordem de 10% do custo para a próxima safra, em função, principalmente, do encarecimento dos fertilizantes. Por outro lado, o presidente do Sindarroz, Élio Coradini, disse que a indústria não tem recebido oferta de arrozeiros. 'O agricultor não está vendendo, e está faltando produto no mercado. Se o produtor quiser vender, é só colocar o preço que a indústria paga.' No entanto, ele acredita que pode haver outras razões para a retenção da mercadoria. Uma das hipóteses é que os arrozeiros ainda estão ocupados com os trabalhos de colheita e de cálculo dos custos da lavoura.