Soja - Aprosoja Mato Grosso teme que previsão da Conab não se concretize
Data:
09/04/2008
O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, teme que a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra de soja deste ano não se concretize. Ele alerta que dependendo de como se comportar o restante da colheita do grão, que deve terminar na próxima semana, o Estado corre o risco de não atingir 17 milhões de toneladas. Pela última estimativa da Conab, divulgada ontem no 7º levantamento da safra 07/08, a produção de soja em Mato Grosso ficará em 17,699 milhões de toneladas, o que seria um aumento de 15,2% em relação às 15,359 milhões de toneladas apuradas no período anterior. O receio de Silveira se deve ao fato da produtividade do grão estar caindo muito nesse final de colheita. Tudo por conta da ferrugem da soja, que prejudicou bastante a lavoura este ano. Ele cita como exemplo a sua própria plantação, onde no início da colheita estavam sendo apuradas entre 56 e 58 sacas por hectares e, no final, fechou com 52 sacas. Mas este não é o caso mais grave. O presidente da Aprosoja aponta que vários produtores que sempre colheram bem estavam alcançando apenas 30 sacas por hectare. "Houve uma pressão grande da doença. E nós ainda temos uma dúvida em relação à resistência de alguns fungicidas". Amanhã a Aprosoja está promovendo uma reunião na Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Famato), com 12 instituições nacionais, para avaliar a questão dos fungicidas. Os produtores acreditam que algumas marcas não funcionaram como deveriam. Ele cita, por exemplo, que foi preciso até diminuir a aplicação dos defensivos para conter a ação da doença. De 20 de intervalo entre uma aplicação e outra se passou para uma semana no final da colheita. "Eu espero que a Conab não erre muito, mas eu tenho visitado bastante o Estado, conversado com os produtores e se a queda da produtividade se mantiver neste final de colheita podemos nem alcançar os 17 milhões de toneladas". Em 2007, a média de produtividade da safra de soja foi de 50 sacas por hectare. Em 2008, Silveira admite que o número deve subir um pouco, mas não tanto quanto se esperava. "Acreditávamos em uma safra cheia, de 53 sacas por hectare". Mas pela atual situação, se for mantida a média de 51 sacas por hectare será um bom resultado. Conforme o levantamento da Conab, Mato Grosso vai passar de uma produtividade de 2,997 mil quilos por hectare para 3,155 mil quilos, um aumento de 5,3%. Transformando isso em sacas, a safra 2007/08 tem que alcançar pouco mais de 52 sacas por hectare para que previsão de aumento na produção se concretize nos 17,699 milhões de toneladas. Entre os problemas que atingiram safra de soja está o grande volume de chuvas em janeiro.
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O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, teme que a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra de soja deste ano não se concretize. Ele alerta que dependendo de como se comportar o restante da colheita do grão, que deve terminar na próxima semana, o Estado corre o risco de não atingir 17 milhões de toneladas. Pela última estimativa da Conab, divulgada ontem no 7º levantamento da safra 07/08, a produção de soja em Mato Grosso ficará em 17,699 milhões de toneladas, o que seria um aumento de 15,2% em relação às 15,359 milhões de toneladas apuradas no período anterior.