Paralisação dos auditores fiscais da Receita gera perda diária de US$ 1 milhão com cargas paradas As perdas com as cargas paradas nas áreas de fronteira de Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, devido à greve dos auditores fiscais da Receita Federal do Brasil (RFB), chegam a quase 1 milhão de dólares por dia às transportadoras. O valor refere-se aos custos com a manutenção dos veículos parados nas aduanas, segundo dados da Associação Brasileira de Transportadores Internacionais (ABTI). Ontem, representantes do setor cobraram do governo federal a adoção de medidas para encerrar a paralisação de 23 dias. Para o presidente da Fiergs, Paulo Tigre, o ideal seria o aumento da liberação de cargas pelo chamado canal verde, que libera da necessidade de intervenção do fiscal da Receita. Entre as ações de caráter emergencial propostas pelas entidades está a liberação imediata das mercadorias e o desembaraço aduaneiro em um momento posterior. 'Não nos compete opinar sobre a greve, mas durante as negociações é preciso desobstruir a fronteira', afirmou o presidente da ABTI e diretor do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Estado, Luiz Alberto Mincarone. A estimativa é que os caminhões retidos somem cerca de 60 mil toneladas de produtos. Ontem, um protesto de caminhoneiros, despachantes e proprietários de transportadoras, em Jaguarão, pedia o fim da greve e a retomada da liberação ágil das cargas. Os auditores fiscais em Uruguaiana decidiram ontem retornar à operação padrão. Segundo o representante Thiago Schmitt, a greve está suspensa até a próxima segunda-feira e as negociações serão mantidas. Nos pátios do Porto Seco Rodoviário, 777 caminhões aguardavam nessa quarta-feira pela liberação de suas cargas.