Bancada ruralista pretende continuar mobilizada para assegurar isonomia entre custeios e investimentos O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, cumpriu a promessa e declarou encerradas, ontem, as negociações relativas ao endividamento rural. 'Vamos apresentar o projeto da forma que está, e algumas questões pontuais serão discutidas numa nova etapa de discussões, mas não nesse projeto', afimou Stephanes, durante a inauguração da AgroBrasília, em Brasília. A expectativa é que o pacote saia por uma medida provisória a ser editada na terça-feira. O documento deve incluir um conjunto de resoluções do Conselho Monetário Nacional (CMN), referentes às alterações de contratos de custeios e investimentos, e, ainda, o projeto do Fundo de Catástrofe, que é a base para ordenar o seguro agrícola. Conforme o deputado Onyx Lorenzoni, o pronunciamento de Stephanes é motivado pela ausência do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que viaja aos Estados Unidos. 'As negociações estão formalmente encerradas. Mas, como há pontos pendentes que Stephanes também concorda, até o final da redação da medida, podemos ter avanços', espera. Segundo ele, a bancada ainda tentará incluir na MP a isonomia no tratamento dos custeios e investimentos e a ampliação dos prazos para pagamento dos débitos inscritos na Divida Ativa da União (DAU), de cinco para 10 anos. 'Queremos que o pagamento sugerido pelo governo de 40% do valor que vence em 2008 e um prazo adicional de três anos para os investimentos também sejam aplicados aos custeios', afirma . Caso as alterações não sejam incluídas na MP, a estratégia será buscar mudanças por meio de emendas, com a mobilização da bancada. 'Aí a matéria entra no nosso campo, e lá nós temos mais força.' O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, concorda. 'A partir da MP, vamos discutir no Congresso.'