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Arroz - Arroz do Brasil vai ao exterior
Data: 14/04/2008
 
Os recordes sucessivos do preço do arroz na Tailândia - balizador do mercado internacional - está trazendo reflexos positivos para o produto brasileiro. Pela primeira vez na história, as tradings estão precisando fazer parcerias com fornecedores para garantir o cereal para ser exportado até o final do ano. Outra mudança ocorre no tipo de produto embarcado: a procura tem sido por arroz parboilizado e inteiro (com 5% de quebrado). Os resultados mais efetivos em volumes devem ser notados apenas a partir de maio, com remessas da safra nova. Mas no primeiro trimestre, as exportações já cresceram 105% em relação ao mesmo período do ano passado - com o grão da safra anterior.
Segundo analistas de mercado, o Brasil tem um potencial de exportação de 600 mil a 1 milhão de toneladas de arroz para 2008. Em todo o ano passado foram 480 mil toneladas. Alguma fontes do setor acreditam também que este movimento de necessidade do produto do Brasil durará, no mínimo, cinco anos.
Enquanto a cotação do arroz na Tailândia subiu 70% em um mês - a US$ 854 a tonelada -, no Brasil, a valorização foi de quase 25% - a R$ 27 a saca. "Muito do preço interno tem a ver com as cotações internacionais", afirma Camilo Oliveira, assessor de mercado do Instituto Riograndense do Arroz (Irga).
O analista da Safras & Mercado, Élcio Bento, também diz que a Argentina e o Uruguai, tradicionais fornecedores do Brasil, agora estão indo para outros mercados, mais remuneradores, o que ajuda a aumentar os preços no mercado interno. Segundo alguns analistas, o produtor brasileiro, de olho no mercado internacional, e sem compromissos a pagar até maio, também estaria segurando a safra, elevando as cotações, apesar de o País estar em plena colheita do cereal. O resultado é que a indústria já estaria solicitando ao governo que se desfizesse dos estoques oficiais, superiores a 1 milhão de toneladas.
"O Brasil se tornou mercado interessante à medida que Tailândia e Vietnã restringiram suas exportações", afirma Pércio Greco, presidente da trading Rice Brasil. Ele lembra que o fato de o País ter anunciado um estoque de passagem de ordem de 1,5 milhão de toneladas ajudou a "atrair" novos compradores. Bento acrescenta que o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, divulgado na semana passada, mostrou que o País foi o único a aumentar a sua safra de uma temporada para outra. "E o Rio Grande do Sul, hoje, é a região no mundo com maior disponibilidade de arroz", conclui.
No estado, segundo fontes do setor, o número de tradings destinadas à comercialização do grão dobrou. E, de acordo com os analistas, até a ADM estaria prospectando este mercado, com reuniões no interior do Rio Grande do Sul à procura de fornecedores.
O presidente da Rice Brasil diz que acredita que a concorrência aumente e, assim como seus "adversários," ele também está atrás de fornecedores, inclusive fazendo parcerias para garantir o fornecimento do cereal até o final do ano, com entregas escalonadas, a partir de maio. No entanto, segundo ele, apesar da grande procura, o setor enfrenta duas dificuldades: as indústrias brasileiras estão mais acostumadas a trabalhar com o mercado interno e os portos, nesta época do ano, estão ocupados com o escoamento da soja.
O presidente da Rice Brasil diz ainda que o mercado internacional está acostumado a cotar e já embarcar, o que não ocorre no Brasil. Qualquer carga precisa de, no mínimo, 30 dias para viajar em contêiner e de 90 dias para ir de navio.
Tendência de alta
De acordo com analistas de mercado, as primeiras cotações do arroz gaúcho estão saindo por volta de US$ 550 a US$ 600 a tonelada. "Mas a tendência é que o preço suba, podendo ficar até mais atrativo exportar que vender para o mercado interno", acrescenta Greco. Ele diz que o interesse pelo produto brasileiro tem vindo de países da África, que compravam da Tailândia, e da América Central, que adquiriam dos Estados Unidos - naquele país a tonelada está cotada a US$ 790. Greco acrescenta que, tradicionalmente, o Brasil exporta arroz quebrado e este interesse segue pelos compradores mas, neste ano, a procura cresceu por arroz parboilizado e pelo branco com 5% de quebrado.
A Tailândia é um dos maiores exportadores mundiais de arroz mas, para conter a inflação, passou a taxar a exportação. Aliado a isso, os estoques mundiais do cereal são os mais baixos desde 1984, atingindo a proporção de 17% do consumo e, nos últimos anos, a produção não tem acompanhado o crescimento da demanda. Além disso, acrescenta Oliveira, o mundo vive a entressafra do cereal. "E, neste sentido, o Brasil tem vantagem, pois está em plena safra", diz.
Colheita
No Rio Grande do Sul, principal produtor brasileiro do cereal, a colheita já atinge 70,5% da área, segundo o Irga. A expectativa é que a produção do estado some 7,1 milhões de toneladas, a maior da histórica.

Fonte: Gazeta Mercantil



 
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