Arroz - Cuba combate pragas do arroz para melhorar resultado
Data:
22/04/2008
Cuba começou a eliminar as principais pragas que infestam milhares de hectares de plantações de arroz, no momento em que os altos preços do grão obrigam o governo de Raúl Castro a reconsiderar a manutenção das importações de milhares de toneladas do grão para alimentar sua população, segundo informação transmitidas pelos meios de comunicação locais. Até o fim da União Soviética, que garantia o suprimento da maioria dos alimentos e matérias-primas para o funcionamento da economia, Cuba garantia o abastecimento local com a produção de até 260 mil toneladas anuais de arroz. Entretanto, com a descapitalização das atividades rurais, as pragas e a seca debilitaram as lavouras e reduziram a produção das lavouras estatais para cerca de 70 mil toneladas de arroz. Outras 150 mil toneladas são cultivadas em terras secas, com recursos municipais ou privados. Com a queda da produção de arroz nos último anos, Cuba se viu obrigada a importar mais de 500 mil toneladas por ano do grão. A maior parte das compras externas foi feita em países da Ásia, especialmente do Vietnã. "O complexo agro-industrial Ruta Invasora trabalha na recuperação de uma grande extensão de suas áreas de cultivo, em grande parte infestadas por marabus (ave de grande porte) e por ervas daninhas", disse um jornal local. Igor Montero, vice-presidente da importadora estatal de alimentos Alimport, declarou na semana passada que o preço do arroz por tonelada disparou este ano para US$ 855, frente aos US$ 223 pagos em 2002. O preço e disponibilidade do alimento constituem um tema politicamente sensível em Cuba, onde o governo subsidia e distribui o produto por meio de um sistema de racionamento. O arroz é um dos principais alimentos da mesa dos cubanos, com um consumo doméstico mínimo calculado em 700 mil toneladas por ano. O novo presidente, Raúl Castro, determinou que seja dada prioridade para a agricultura desde que substituiu seu irmão Fidel Castro no poder em fevereiro.
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Cuba começou a eliminar as principais pragas que infestam milhares de hectares de plantações de arroz, no momento em que os altos preços do grão obrigam o governo de Raúl Castro a reconsiderar a manutenção das importações de milhares de toneladas do grão para alimentar sua população, segundo informação transmitidas pelos meios de comunicação locais. 