A cadeia produtiva do arroz acredita que a cotação do grão vai se manter no patamar atual, mesmo com o anúncio do leilão do governo federal. Para o presidente do Irga, Maurício Fischer, não haverá reflexo nos preços, pois o mecanismo objetiva apenas garantir o abastecimento. O presidente da Câmara Nacional Setorial do Arroz, Francisco Schardong, acredita que o mercado ficará estável e, por isso, não deve haver pressa para vender o produto. Em abril, houve alta de 36% do arroz, chegando a R$ 32,06. A cotação foi o principal assunto debatido nos seminários do Congresso do Arroz nas Américas, que terminou ontem, em Porto Alegre. Segundo o operador de mercado egípcio, representante da norte-americana Seacor Commodity Trading, Charles Pinto, a alta se deve à seca na Austrália e no Casaquistão e à conseqüente baixa nos estoques internacionais do arroz. Ele acredita que a safra de boa parte dos alimentos tenha reduzido e a saída, agora, seja esperar uma alteração no quadro atual com a próxima safra. 'Acho que quando começar a colheita da safra na Índia e no Paquistão, a oferta aumentará e os preços poderão cair um pouco', projetou. Conforme o presidente do Sindarroz, Élio Coradini, o preço de hoje acabará sendo compatível com o custo da próxima safra.