O governo leiloará, no dia 5 de maio, 55 mil toneladas de arroz da safra 2004/05 dos estoques públicos, sendo 50 mil toneladas do Rio Grande do Sul e 5 mil toneladas de Santa Catarina. O preço de abertura será de R$ 28,00 a saca de 50 quilos de arroz tipo 1, com rendimento 58/10. Após o pregão, será debatida com a cadeia a necessidade de nova operação. Técnicos do Ministério da Agricultura (Mapa), em reunião com a cadeia produtiva, descartaram a hipótese de adoação de taxas sobre as exportações do setor privado. O ministro Reinhold Stephanes não participou do encontro, mas disse que a taxação somente será adotada em casos extremos. 'Vamos deixar o mercado fluir, desde que não haja risco de desabastecimento', comentou. Stephanes acredita que não há indícios de falta de arroz neste momento. 'O que o governo está fazendo é colocar estoques à venda para regular a situação. Agora, vamos leiloar 55 mil toneladas e toda a semana deveremos disponibilizar mais estoques.' O presidente da Federarroz, Renato Rocha, concordou com a realização do leilão, com o volume ofertado, mas criticou o preço de abertura. 'Os produtores queriam R$ 30,00 e a indústria já tinha aceitado, mas o governo foi intransigente e fixou em R$ 28,00.' O presidente do Irga, Maurício Fischer, no entanto, comentou que o preço não é muito diferente do praticado no mercado, visto que o grão que será ofertado é antigo, o que acarreta em deságio. O secretário da Agricultura, João Carlos Machado, afirmou que, como não haverá limitação às exportações privadas, está mantida a obra no terminal da Cesa em Rio Grande. Se não houver recurso à licitação, a obra deve ser concluída no final de julho. O deputado Luis Carlos Heinze lamentou a perda do trabalho que havia sido feito para a exportação de arroz brasileiro.