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Café - Cafeicultores começam a colheita animados
Data: 28/04/2008
 
Preços estão estáveis e a produção é a melhor dos últimos anos; por isso, os produtores estão satisfeitos e investindo mais na cultura
A colheita do café, que normalmente começa em maio, foi antecipada em um mês por causa da florada precoce do ano passado nos cafezais da região de Umuarama. Com uma visão mais empresarial, o cafeicultor vê os lucros aumentar com essa atividade que já foi o carro-chefe da agricultura no estado, nas décadas de 60 e 70, mas por causa das geadas e dos preços baixos sofreu forte queda a partir de 1975, porém nos últimos anos está em fase de recuperação.
Em 2008, o Paraná colhe a chamada safra cheia. É que o café produz bem um ano e no outra, normalmente, ocorre a redução por causa da recuperação das lavouras. O produtor Camilo Mandoti, do distrito de Santa Eliza, em Umuarama, está mudando essa oscilação com o rodízio da poda (esqueletamento) nos 45.000 pés de café plantados em oito hectares da sua propriedade. Agora ele não passa nenhum ano sem colheita.
Mandoti diz que o produtor não deve olhar os cafezais pensando somente no próximo ano. Ele deve pensar nos próximos três ou quatro anos. E também não pode ficar com pena de fazer a poda, pois os galhos que parecem bonitos hoje não produzem o mesmo tanto dos que renascem com o esqueletamento. “Com isso, conseguimos duas safras boas seguidas e a terceira excelente como a deste ano”. A técnica orientada pelo Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) e o investimento financiado de R$ 30 mil em irrigação fizeram ele colher 500 sacas de 41 quilos cada em 2006, 450 em 2007 e espera cerca de 1.500 sacas na atual safra. O cafeicultor usa ainda um despolpador adquirido pela associação de produtores e um terreiro suspenso para secar o café e obter melhor qualidade. “Se não fosse a tecnologia, a gente já tinha quebrado”, diz.
Na região de Umuarama, o município de São Jorge do Patrocínio é o maior produtor de café. São 1,3 mil hectares dos 5,7 mil em colheita nos 32 municípios do núcleo regional da Secretaria Estadual de Agricultura(Seab). O produtor e secretário municipal da Agricultura, no município, Francisco Spanhol, lembra que muita gente já sofreu grandes prejuízos quando a cafeicultura era a única fonte de renda das propriedades. “Hoje ela é apenas mais uma alternativa”. Em São Jorge do Patrocínio, enquanto começam a colheita, os produtores também estão plantando mais 350 mil pés de café em 2008. E a maioria está de olho na irrigação, para fugir dos prejuízos com os períodos de estiagem. Mas ainda são poucas as lavouras com essa técnica, segundo Spanhol.
Para o economista do Deral, Atico Luiz Ferreira, os números surpreendem já que em 1980 somente Umuarama possuía em torno de 250 mil hectares de café.
Para o coordenador estadual de café da Seab, Paulo Franzine, a diversificação nas propriedades e o modelo adensado de plantio mantêm a cultura estabilizada no Paraná. São 97,7 mil hectares em produção na safra atual no estado e uma produção estimada de 139 mil toneladas,ou seja, 2,3 milhões de sacas de café beneficiado(60 quilos), o que representa 42% a mais do que as 98 mil toneladas na safra passada. O preço bom, em torno de R$ 240,00 a saca de 60 quilos, e o clima favorável animam os produtores a manter a atividade. As maiores áreas de café no Paraná estão nos núcleos da Seab em Jacarezinho, Londrina, Cornélio Procópio e Apucarana.

MÃO DE OBRA ESCASSA
Quem precisa contratar trabalhadores para a colheita do café está enfrentando dificuldades na região de Umuarama. Em São Jorge do Patrocínio, Francisco Spanhol, secretário municipal da Agricultura, diz que, mesmo quem mora no meio rural, prefere ir trabalhar na cidade, principalmente nas fábricas de costura e outras indústrias. E os poucos trabalhadores que restaram para a atividade vão primeiro para as lavouras com maior produtividade, onde podem colher até dez saquinhos de 20 quilos por dia e ganhar R$ 50,00 diariamente. Quando a produção é baixa, o cafeicultor tem de aumentar o valor por saquinho e o lucro dele cai. Já o produtor Camilo Mandoti, de Umuarama, optou por trabalhar com porcenteiros (parceiros). Ele cede a lavoura, fornece os insumos e fica com 60% da produção. Os parceiros cuidam do cafezal em troca de 40% da safra. Osvaldo Silva é um dos parceiros. Ele cuida de 3.000 pés no sítio de Mandoti e espera colher 100 sacas de 41 quilos com casca em 2008. “Sempre trabalhei com café e não pretendo parar. Dá até para sobrar um pouco de dinheiro quando a colheita boa como neste ano”. Silva gera até empregos. Darci Timóteo ajuda-o na colheita e ganha R$ 5,00 por saquinho. “Venho para a roça por volta de 9 horas, porque preciso fazer o almoço antes, e mesmo assim ganho uma média de R$ 30,00 ao dia”, comenta.

Fonte: Umuarama Ilustrado
 
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