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Milho - Indústria segura preços de derivados de milho para o consumidor final
Data: 28/04/2008
 
A indústria de derivados de milho garante que a alta do preço da matéria-prima não irá afetar o produto final no mercado interno. Com a alta dos preços internacionais das commodities -que dobrou, no caso do milho-, a preocupação do setor é a especulação em cima dos preços finais.
A avaliação da Associação Brasileira da Indústria de Derivados de Milho (Abimilho) é de que, se depender dos fabricantes, neste ano os preços ao consumidor não sofrerão alterações. O diretor da entidade, José Ronald Rocha, lembra que preços de outros produtos da cesta básica brasileira, como o arroz e o feijão, também estão em alta, e que não se pode culpar o milho pelo aumento geral no preço dos alimentos.
Segundo dados do IBGE, o arroz aumentou pelo menos 3% no mercado interno no ano passado, e o feijão, no mesmo período, subiu 11%. Para se ter uma idéia do aumento do custo da matéria-prima para a indústria do milho, o valor pago ao produtor desde o início deste ano, que beira a casa de R$ 30,00 a saca de 60 quilos, é quase o dobro do preço praticado em 2004 (R$ 17,00 a saca). "A indústria repassou esse aumento e o mercado interno já "digeriu" a diferença", comenta José Rocha, da Abimilho.
Além da alimentação humana e de rações animais, o milho -que representa 65% da alimentação de aves, suínos e bovinos- é utilizado na produção de etanol. Só nos Estados Unidos, estima-se que de 2007 até o final deste ano serão utilizados 86 milhões de toneladas de milho para a produção de etanol. Isso representa volume superior ao total de milho exportado em todo o mundo, estimado em 82 milhões de toneladas.
No Brasil, o consumo humano de milho gira em torno de 18 quilogramas per capita, índice considerado baixo em comparação ao do México, o maior consumidor mundial, que supera 50 kg por habitante.
Campanha lançada pela Abimilho pretende aumentar o consumo humano dos produtos industrializados, e com isso a expectativa é de que a produção nacional passe dos atuais 4,2 milhões de toneladas para 5 milhões de toneladas.
Entre as ações da campanha está a conscientização sobre a adição de nutrientes como ferro e ácido fólico nas farinhas, que virou lei mas não gerou repercussão no setor produtivo. José Ronald Rocha, que é diretor da indústria Nutrimilho, comenta que a adição dos teores nutritivos contribuiu para o avanço das vendas no mercado internacional. Atualmente a empresa exporta para a África, a Europa e o Japão.

Fonte: DCI
 
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