Arroz - Oferta de 55 mil toneladas deve regular preço do cereal no mercado interno
Data:
05/05/2008
Depois de meses de negociação, está marcado para hoje, às 9h, o primeiro leilão de arroz dos estoques do governo federal. Serão ofertadas 55 mil toneladas do grão, sendo 50 mil t do Rio Grande do Sul e 5 mil t de Santa Catarina. Segundo o gerente da Conab, Paulo Morceli, a venda colabora para regular o mercado, estabilizar os preços e impedir que reajustes maiores cheguem ao consumidor. Após, será feita uma avaliação com o setor produtivo para ver se há necessidade de novos leilões. Segundo o presidente da Federarroz, Renato Rocha, a expectativa é que a oferta dos estoques governamentais não interfira nos valores pagos ao produtor. 'Deixamos claro ao governo que, depois de quatro anos de prejuízos, agora é hora de os arrozeiros começarem a se recuperar', ressaltou. A Federarroz frisa que já se projeta um custo de produção de R$ 30,00 por hectare, sem ainda ter certeza de qual será o reflexo do aumento do diesel nesta conta, já que, como efeito cascata, o preço do frete e do preparo de solo, plantio e colheita deverá ficar maior. Por esse motivo, defende a manutenção do equilíbrio entre o valor do grão e os custos. Para o presidente do Sindarroz, Élio Coradini, a venda deverá ser total. A dúvida é o ágio. Ele acredita que o preço chegou ao limite. 'Reconhecemos que o arroz estava abaixo do custo e que o arrozeiro precisava ser mais bem pago, mas já estamos no patamar necessário.'