O Ministério do Desenvolvimento Agrário anunciou que irá incentivar o cultivo da canola no Rio Grande do Sul, por meio do zoneamento agrícola. "Será o primeiro passo para transformar o Brasil em um grande produtor mundial de canola em dez anos", afirmou Gilberto Tomm, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária do estado (Embraparigo). Segundo afirmou, o grão é favorecido pela crescente demanda por biocombustíveis além de seu farelo possuir 70% do proporcionado pela soja. É ainda considerado o melhor óleo de origem vegetal para consumo humano. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em 24 meses, a tonelada do óleo de canola passou de R$ 1.990,00 para R$ 5.300,00 , um aumento de 166%. "O biodiesel não é a única opção dos produtores. A demanda por alimentos faz o farelo e o óleo comestível ampararem a cadeia produtiva", argumenta Arnoldo de Campos, coordenador do programa de biodiesel pelo Ministério Desenvolvimento Agrário (MDA). O pesquisador da Embraparigo, Gilberto Tomm, explica que a vantagem da cultura é o custo por hectare, que gira em torno de R$ 540,00 e é mais baixo que o do trigo, por exemplo. "Quando utilizada como cultura de rotação, em uma lavoura bem adubada, ela aumenta a produtividade da soja em 500 quilos por hectare. Além de reduzir as doenças", avalia.