A semana começou com tempo seco e calor em todas as regiões. Na quarta-feira, uma frente fria passou a atuar sobre o Estado, com chuvas generalizadas e duradouras, acumulando volumes entre 17 milímetros, em Barretos, e 138 milímetros em Presidente Prudente. Entre sexta-feira e domingo, após a passagem da frente fria, uma massa de ar polar chegou ao Sudeste, baixando a temperatura em praticamente todo o Estado. Em São Carlos, Votuporanga e Presidente Prudente as mínimas ficaram em 12 graus, caindo para a faixa dos 10 graus em Franca, Ribeirão Preto e Campinas. Com as chuvas, a umidade do solo, que já estava elevada em todo o Estado, atingiu o nível máximo de armazenamento, com valores acima daqueles normalmente observados em abril. O elevado armazenamento hídrico do solo tem favorecido as lavouras de milho safrinha de Florínea, Assis e Cândido Mota; de mandioca de Engenheiro Coelho e Presidente Prudente; de trigo, aveia e cevada de Itapetininga e Itapeva, e as lavouras de cana-de-açúcar. ATRASO Nos canaviais, contudo, a chuva atrasou a colheita em Jaú, Piracicaba e Ourinhos, por causa do excesso de umidade do solo. Também houve dificuldade para a colheita e secagem do milho em Barretos e Promissão; da laranja em Matão, Bebedouro e Araraquara; de amendoim em Jaboticabal e Cedral e pequenos atrasos na extração do látex em Votuporanga, Fernandópolis e São José do Rio Preto. Nas lavouras de soja, o tempo chuvoso dificultou o avanço na colheita, mantendo o atraso em relação ao ano passado. Na safra anterior, nesta época, a colheita já havia sido encerrada em todo o Brasil. Além do tempo chuvoso durante o outono, o atraso na colheita da soja deve-se também à dificuldade para realizar a semeadura no ano passado, quando as chuvas chegaram tarde ao Centro-Sul. Após o início do período chuvoso, no entanto, as precipitações ocorreram de forma regular na maior parte do Brasil e, especialmente em São Paulo, a boa distribuição das precipitações explica os bons níveis de produtividade das lavouras. O excesso de umidade preocupa os produtores de verduras e legumes de Mogi das Cruzes e Piedade e de tomate de Sumaré, Elias Fausto e Ribeirão Branco, onde o risco de perdas por problemas fitossanitários é alto. Nos campos de flores de Holambra, também há preocupação com a ocorrência de doenças.