Os proprietários rurais da Argentina ameaçaram ontem prolongar o locaute (greve patronal) do país. O grupo estabeleceu a data de 15 de maio para que o governo da presidente Cristina Fernández de Kirchner atenda às suas reivindicações, principalmente a redução dos impostos para exportação de soja e girassol. Caso contrário, promete manter os protestos, segundo Hugo Biolcatti, vice-presidente da Sociedade Rural Argentina. Ele cobrou 'medidas positivas' do governo. Na quarta-feira, as quatro principais organizações do campo anunciaram a retomada da paralisação patronal, que durou 21 dias no mês de março, bloqueou quase 400 rodovias e provocou desabastecimento de alimentos e insumos. Os proprietários afirmam que o governo não cumpriu as exigências. O grupo disse que manteria os protestos por oito dias (até quinta-feira), para então analisar novamente a estratégia. O novo protesto deveria consistir em mobilizações de produtores ao lado das rodovias e na decisão de não comercializar grãos destinados à exportação, mas houve bloqueio de caminhões.