Safra - Cotações de grãos se mantêm elevadas no Rio Grande do Sul
Data:
16/05/2008
Os principais grãos de verão, como o arroz, o milho, o feijão e a soja, tiveram elevação nos preços pagos na última semana. Com a safra de arroz garantida, os produtores seguem de olho na comercialização. A expressiva valorização do produto no mercado internacional teve reflexos internamente, com a saca de 50 quilos, negociada junto ao produtor, tendo um reajuste de 3,68%, passando para R$ 34,35 na média estadual. Conforme o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, os atuais preços estão, em média, 54% acima daqueles praticados há um ano e, ao que tudo indica, deverão seguir nesse ritmo por um bom tempo. No feijão, a comercialização segue sem problemas e com o produto encontrando fácil colocação. As cotações médias seguem em patamares muito elevados, se comparadas a períodos anteriores, com o preço médio da saca de 60 quilos alcançando, em âmbito estadual, R$ 100,64 nessa semana, o que representou uma variação positiva de 1,09% sobre o preço anterior. A demanda pela soja continua em níveis elevados, o que se reflete em sucessivos aumentos nas cotações médias praticadas junto ao produtor. Na última semana, a saca de 60 quilos ficou cotada em R$ 43,72. Se comparada com os valores de um ano atrás, a diferença é de 48,86% (R$ 29,37). O mercado também continua ávido pelo milho. Nessa semana, a saca de 60kg teve novo aumento em sua cotação média, passando para R$ 24,60, representando uma variação de 0,49% no período. Colheitas As colheitas do arroz e da soja se encontram praticamente encerrada com 98% e 96%, respectivamente, da área já colhida. No arroz, restam poucas áreas ainda a serem trabalhadas, em especial na Fronteira Oeste, Campanha e Sul. Com o tempo seco verificado nos últimos dias, a retirada do feijão segunda safra e do milho alcançou 71% das lavouras plantadas nesta safra. Parte das lavouras de milho que ainda se encontravam em fase de floração nas semanas anteriores, assim como as que se encontram em formação de grãos (7%) estão sendo direcionadas à confecção de silagem devido ao baixo rendimento para grãos.