Objetivo é apurar causas dos reajustes de matérias-primas e cobrar medidas que amenizem impacto. A Assembléia Legislativa instalou, ontem, CPI para investigar o aumento dos insumos agrícolas. Os trabalhos começam no dia 26. Conforme o relator da CPI, Rossano Gonçalves, a meta é fazer com que os governos desenvolvam ações que minimizem os impactos da alta, considerada abusiva. 'As empresas têm de cobrar pelo produto o custo mais o lucro, sem ter em mente aquilo que o comprador pode pagar', apontou. O presidente da CPI, Edson Brum, informou que o primeiro passo será o levantamento dos custos de produção. 'É inadmissível que, com inflação de 4,5%, o aumento nos últimos 12 meses tenha superado os 130%.' O prazo para a conclusão dos trabalhos é de 120 dias, prorrogáveis por mais 60. A idéia de ampliar o debate sobre o tema agradou a lideranças do setor. O presidente da Farsul, Carlos Sperotto, disse que o assunto merece tratativa mais séria. 'A federação vai contribuir com dados e histórico para a apuração.' A Fetag também apóia a ação. 'Queremos saber a causa e quem fica com este valor, pois a conta sabemos quem está pagando', disse o vice-presidente Sérgio de Miranda. O coordenador da Fetraf, Ari Pertuzatti, espera que a CPI pressione os governos a controlar a alta dos custos. 'O preço alto deverá resultar em redução da área plantada no RS,' projetou.
-2.gif)
Objetivo é apurar causas dos reajustes de matérias-primas e cobrar medidas que amenizem impacto. 