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Safra - Custo alto da lavoura limita expansão da área e de tecnologia
Data: 09/06/2008
 
A alta nos preços dos insumos - principalmente dos fertilizantes, responsáveis por quase 40% do custo da produção - vai reduzir a rentabilidade das lavouras brasileiras na safra 2008/09, podendo diminuir a área plantada e o emprego de tecnologia. Segundo estudo exclusivo da Cogo Consultoria Agroeconômica, os gastos médios para com as lavouras estão entre 20% e 30% mais elevados na safra atual. Historicamente elevam-se entre 5% e 10%.
Entre as principais culturas de verão, apenas o algodão deverá dar prejuízo aos produtores - pelo segundo ano seguido -, e o arroz será o único que proporcionará aumento no ganho. A "vedete" da safra será o milho, com renda média superior à da soja, em relação ao gasto, pela segunda vez. "A área da próxima safra poderia crescer até dois dígitos, mas isso não deve acontecer e, no caso do algodão, a tendência é de queda", diz Carlos Cogo, diretor da empresa.
De acordo com o estudo, o produtor de milho do Paraná conseguirá uma rentabilidade média de 37,1%, enquanto que, se cultivar soja, teria 18,6% - os números são calculados a partir do custo total, que envolve depreciação. No ano passado, a relação era de 55,2% e 32,2%, respectivamente. O consultor afirma que o cenário para o milho é mais promissor porque apesar do aumento dos custos, os preços estão mais elevados que os da soja, uma vez que houve redução no plantio dos Estados Unidos. O presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho), Odacir Klein, diz que acredita que a lavoura continue com uma boa rentabilidade, mas não sabe se valerá mais a pena que a soja. "O certo é que a liberação da semente transgênica possibilitará redução nos custos", conclui. A pesquisa mostra rentabilidades menores no Rio Grande do Sul (6,3%, por produtividade menor) e em Goiás por logística (4,8%).
O produtor Edson Grosso, de Santa Rosa (RS), pretende aumentar a área plantada em 60%, mas reclama do aumento nos custos. "Ainda estou analisando o investimento que farei na lavoura. Quero ver até onde o caixa alcança", afirma. O levantamento da Cogo Consultoria Agroeconômica mostra aumento de 27% no custo do milho. Segundo o estudo, os valores pagos pelos adubos (em todas as culturas) subiram entre 85% e 110% de um ano para outro, enquanto os preços das sementes acompanharam as altas das commodities - no caso da soja, a valorização deste insumo foi de 50% no período. O menor reajuste entre os principais itens que compõem o custo da lavoura foi do óleo diesel: 5,7%. Cogo diz que a alta nos fertilizantes é decorrente de uma demanda maior que a oferta, mas também estaria ocorrendo por "um aproveitamento da situação, diante de um cenário de preços de commodities mais elevados".
Foi exatamente por causa do custo - e da necessidade de rotação de cultura - que o produtor Fábio Barros, de Sertaneja (PR), resolveu plantar apenas soja na próxima safra. "Como nos últimos anos minha área vinha bem adubada, vou aproveitar agora que o preço está alto e não adubar", afirma. Mas ele não definiu ainda se irá ou não aumentar a área - são 500 hectares cultivados no verão.
Para a soja, a Cogo Consultoria Agroeconômica projeta uma rentabilidade de 18,6% no Paraná e, em Mato Grosso, negativa de 0,1%. Cogo lembra que a logística é o que pesa no estado do Centro-Oeste.
Se o milho é a cultura com maior rentabilidade, o arroz é a "sensação": único grão com aumento na renda de uma safra para outra. O estudo mostra que, para o produtor do Rio Grande do Sul, a rentabilidade ficará entre 27,2% - com área própria - e 17,5% - com propriedade arrendada (cerca de 60% da superfície cultivada no estado é neste sistema). No ano passado, as margens eram de 8,2% e -0,8%, respectivamente. Cogo lembra que, apesar do aumento no custo, da ordem de 30%, os preços médios devem estar mais elevados, por conta do cenário mundial. "Além disso, o governo deve acabar o ano sem estoque", diz. Até o momento foram ofertadas cerca de 280 mil toneladas e outras 1 milhão podem ser comercializadas. Cogo projeta um preço médio na próxima safra de R$ 35,50 a saca (50 quilos ), quando a média neste ano, até agora, foi de R$ 28,70 a saca - atualmente o grão é vendido a R$ 33 a saca (ver matéria abaixo).
O produtor Luís Osório Rechsteiner, de Pelotas (RS), diz que está "otimista com cautela". Segundo ele, tudo vai depender de o governo deixar ou não o mercado livre. Diante da alta dos custos, Rechsteiner diz que pode manter a área plantada, de 1,2 mil hectares. "Mas não tenho como reduzir a tecnologia porque a variedade que uso não suporta menos".
O único produto com margem negativa é o algodão - que demanda muito investimento em fertilizantes e agrotóxicos. O estudo mostra a rentabilidade média ficará entre -14,6% em Sorriso (MT) e -21,1% em Barreiras (BA). No ano passado, a margem ficou entre -1% e -12,3%. Em média, os gastos aumentaram 30%. O produtor João Luiz Ribas Pessa, de Rondonópolis (MT), diz que vai plantar apenas para cumprir compromissos. Segundo ele, se cultivasse a área tradicional, já teria 60% da safra comprometida. Agora a idéia, segundo ele, é colocar soja no lugar, reduzindo o custo desta lavoura, que usa a adubação anterior do algodão.

Fonte: Gazeta Mercantil
 
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