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Registro - Lavoura no Brasil não cresce; só recupera a área de 2004/05
Data: 25/06/2008
 
Apesar de os preços recordes dos grãos, o Brasil não expandirá o cultivo para novas áreas na safra 2008/09. Deve apenas recuperar o desempenho do ciclo 2004/05, voltando a plantar 49 milhões de hectares. "Serão mais 2 milhões de hectares (4,2% de retomada), sobretudo com soja, milho e trigo", anunciou ontem o ministro da Agricultura (Mapa) Reinhold Stephanes. Mas o titular garante que, ainda assim, haverá combate à inflação. "Vamos estimular, com condições especiais, o cultivo de produtos sensíveis, como arroz, feijão e trigo", acrescenta.
No dia 2 de julho, o Mapa deve divulgar oficialmente as condições de financiamento e comercialização da safra 2008/09 no Brasil. No entanto, algumas informações antecipadas por Stephanes na última semana foram recebidas com desânimo pelo setor. Entre elas, a destinação de R$ 65 bilhões para financiamento aos produtores empresariais. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao governo pedido de R$ 100 milhões, como volume necessário para financiar esta safra, cujo custos de produção estão cerca de 50% maiores.
Para Stephanes, além do preço do produto, também influencia a decisão de plantar do produtor o acesso a crédito. "E na nossa avaliação, esse volume de recursos de R$ 65 bilhões é suficiente, sim", rebate. No entanto, ele reconhece que o estado de Mato Grosso - maior produtor de soja do País - tem condições especiais de produção, devido, principalmente, às dificuldades logísticas do estado. "Mas não temos neste Plano Agrícola nenhuma medida que resolva de imediato essa questão. Só sabemos que duas rodovias importantes na região obtiveram licença ambiental para serem asfaltadas".
O presidente da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja), Glauber Silveira, afirma que, Mato Grosso vai no próximo ciclo, no máximo, manter a mesma área plantada da safra 2007/08, de 5,5 milhões de hectares. "Já existe uma crise de crédito no Estado. As tradings estão com negociações fechadas por conta de riscos de margem na Bolsa de Chicago (CBOT). Além disso, tivemos recentemente esses problemas com a Agrenco, que responde por cerca de 10% do crédito ao produtor de soja de Mato Grosso", afirma.O resultado, segundo ele, é mais concentração do cultivo entre os produtores de maior porte. "Devem aumentar os arrendamentos. Os maiores vão plantar nas áreas dos produtores menores, mantendo a mesma área para o estado".
A altas dos custos de produção, as restrições de crédito no Centro-Oeste devem ser os principais motivos dessa ínfima retomada da área no Brasil, ou seja, do aumento de 2 milhões de hectares no plantio de grãos da safra 2008/09. Segundo dados do próprio Mapa, ainda há para serem ocupados com agricultura cerca de 100 milhões de hectares, sem interferir no bioma amazônico, quase cinco vezes a atual área ocupada com soja (21 milhões de hectares).
Mas, Stephanes garante, que, mesmo com esse crescimento tímido, a inflação deve ser minimizada com o estímulos à comercialização de produtos considerados "sensíveis" à inflação. "Temos medidas especiais para trigo, arroz e feijão, como aumento do preço mínimo. O milho também é importante nesse contexto, mas já está com preços estimulantes ao aumento de área, por isso, por enquanto, vamos apenas acompanhar o mercado, até que seja necessária alguma medida", afirma.
Mesmo com a alta no custo de produção, deve haver acréscimo de até 10% na área plantada de milho em algumas regiões produtoras do Centro-Oeste. Segundo Leonardo Solouguren, da Consultoria Céleres, Rio Verde (GO) é uma dessas regiões. Lá, o custo de produção do milho verão foi de R$ 1,599 mil por hectare na safra 2007/08, valor que está em R$ 2,0392 mil por hectare na safra 2008/09. "Os preços do milho estão muito atrativos e a tendência é que continue nesse patamar, por causa da demanda crescente, sobretudo a da produção de etanol nos Estados Unidos", diz.
Para Paulo Rabelo de Castro, economista da RC Consultores, que a inflação brasileira tenha relação direta com o preço de alimentos. "Antes, essa inflação foi produzida por alguma política monetária e, no caso do Brasil, pela política dos Estados Unidos e a do governo brasileiro. Temos uma taxa de juros que não estimula a produção, mas a especulação", protesta o especialista.
Para ele, o problema do Brasil está nas atuais taxas de juros ao produtor. "O custo financeiro aqui é um dos mais elevados do mundo", alerta Castro.
E ainda não há definições sobre o volume de juros subsidiados serão oferecidos nesse plano safra, de acordo com o secretário de Política Agrícola do Mapa, Edilson Guimarães. No ciclo 2007/08, 73% dos R$ 58 bilhões oferecidos no Plano Agrícola foram a juros menores, de 6,75%. "Estamos com dificuldades na fonte dos recursos (Poupança Rural) e nas exigibilidades bancárias", diz Guimarães.

Fonte: Gazeta Mercantil
 
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