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Registro - Preços dos fertilizantes sobem 83% em um ano
Data: 30/06/2008
 
A inflação em 2009 deve contar com uma nova onda de elevação de preços nos alimentos. Levantamento especial da Fundação Getúlio Vargas (FGV), feito a pedido da Agência Estado, mostra que os preços dos fertilizantes acumulam no atacado, em 12 meses até junho, alta de 83,21%, no âmbito do IGP-10. É o maior nível de elevação de preços para esse tipo de produto desde o Plano Real, em 1994, e será mais uma pressão de custos para o produtor. A tendência é de que essa alta seja repassada para os preços dos itens agrícolas.
Os preços dos fertilizantes já estão em alta há algum tempo, tendo em vista a forte demanda por alimentos tanto no Brasil quanto no mundo, o que impulsiona o aumento de produtividade agrícola. Em conseqüência, é traçado um ciclo, com aceleração da alta no nível de compras de fertilizantes. Mas neste ano a escalada nos preços desse tipo de produto ganhou velocidade de forma muito mais intensa.
'Esse patamar de elevação não é pouca coisa', alertou o coordenador de Análises Econômicas da FGV, Salomão Quadros. 'E os preços dos produtos agrícolas já estavam subindo antes disso, por causa da demanda', acrescentou.
O grande perigo desse movimento de alta dos fertilizantes, na avaliação do economista, é o sensível aumento de custos do produtor para o plantio da safra de 2009. Com os fertilizantes já operando nesse nível de inflação até junho, Quadros não descarta que até o fim do ano os preços do produto já estejam 100% acima do registrado no ano passado.
Ou seja, os produtores devem gastar este ano, com a compra de fertilizantes, o dobro do que gastaram em 2007. 'A possibilidade de ultrapassar 100% (o aumento nos preços de fertilizantes este ano) é perfeitamente plausível', afirmou, comentando que, além da oferta aquecida, os preços dos alimentos ainda terão de lidar com esse impacto. 'A inflação dos alimentos ainda não acabou. Eu gostaria que já tivesse acabado, mas não acabou', disse.
O economista-chefe da Corretora Ativa, Arthur Carvalho Filho, acredita que a movimentação nos preços dos alimentos também deve ser acompanhada de perto no ano que vem. Isso porque a demanda por itens alimentícios deve seguir elevada em 2009.
Além disso, Carvalho Filho lembrou outra questão: a cotação elevada de preços do petróleo. Na fabricação de fertilizantes, são usados derivados de petróleo, cujos preços também sobem para acompanhar a flutuação da cotação do barril. 'Ainda temos os biocombustíveis', acrescentou o economista.
Para a produção de biocombustível são usados milho e cana-de-açúcar e o aumento da safra demanda ainda mais fertilizantes. A analista de Alimentos e Agronegócios do Banco Brascan, Denise Messer, comentou que, mesmo com a demanda forte por fertilizantes, há um limite para a capacidade elevação na produção desse produto.
'A oferta de fertilizantes é restrita e, para aumentar a oferta, leva algum tempo', comentou. 'É inevitável que haja um repasse dessa alta de custos com fertilizantes para os preços dos alimentos.'
Ela explicou que esse repasse ocorre de forma gradativa. Há, porém, uma grande possibilidade de os preços dos fertilizantes continuarem a subir no ano que vem, visto que a forte demanda por alimentos não aparenta ser um fenômeno característico deste ano. 'Creio que a inflação dos alimentos vai continuar (em 2009)', afirmou.

Fonte: O Estado de São Paulo
 
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